UFOB, UFSB e UFRB também sofrem bloqueio orçamentário do MEC

A Universidade Federal da Bahia (UFBA) já havia sofrido um bloqueio de 30% | Reprodução/Jornal O Expresso

Publicado em 05/05/2019, às 14h48 Redação BNews

Acompanhando a série de bloqueios orçamentários promovida pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), desde a última semana, a Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) sofreram um bloqueio orçamentário de 33,2% nos recursos para custeio e investimento, correspondente a R$ 11.872.857,00 e 38%, equivalente a cerca de R$ 12 milhões, respectivamente.

A UFOB se pronunciou sobre o bloqueio por meio de nota publicada nas redes sociais. "A medida, anunciada pelo Ministério da Educação (MEC), alcançou as ações orçamentárias de Implantação da UFOB, sendo as mais fortemente afetadas: capacitação de servidores; fomento às atividades de graduação, pós-graduação, ensino, pesquisa e extensão; e recursos de investimento utilizados para aquisição de livros, equipamentos e realização de obras", diz um trecho.

A UFOB estima que o bloqueio inviabilizará o funcionamento da instituição federal a partir da metade do segundo semestre deste ano."Os recursos contingenciados são utilizados para pagamento de água, luz, contratos de empresas terceirizadas, responsáveis por limpeza, vigilância, manutenção, dentre outras despesas de serviços essenciais ao funcionamento do dia a dia da Instituição", informou.

Ainda na nota, a universidade afirma que, no momento, a suspensão orçamentária não compromete diretamente as atividades da Ufob, mas, caso persista, medidas de contingência deverão ser tomadas. Uma reunião será agendada entre as partes.

Já a UFSB afirmou que terá muita dificuldade em manter as atividades com o bloqueio."É uma universidade muito jovem, com menos de 5 anos de funcionamento. Isso faz com que haja necessidade de um aporte grande de investimentos em infraestrutura. No momento, temos 3 obras em andamento nos nossos três campi: Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas", informou.

De acordo com a nota publicada no site oficial da universidade, as obras correm risco de serem paralisadas. "O que implica em enorme prejuízo pois, ao interromper os contratos, além dos atrasos no planejamento institucional, a universidade será obrigada a arcar com pesadas multas para as empresas contratadas, além da deterioração das obras quando de sua futura retomada", explicou.

A UFSB ressaltou que, mesmo antes do anúncio do bloqueio, as universidade federais já funcionavam com orçamento inadequado. "No nosso caso, os cortes têm sido regra desde 2016. Entretanto, apesar das dificuldades e do pouco tempo de funcionamento, a instituição realiza pesquisas de grande interesse para a sociedade. Também somos uma universidade que se expande para além de seus muros, por meio de atividades de ensino e extensão", afirmou, na nota.

A universidade também informou que irá recorrer da decisão junto ao MEC.

A UFRB também informou à reportagem que houve o bloqueio de 32% no orçamento, o que equivale a R$16.329.642.

Matéria atulaizada às 19h30

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