Educação

APLB resiste à decisão judicial e só discutirá fim da greve na sexta (11)

Publicado em 09/03/2016, às 19h00   Eliezer Santos (Twitter: @eliezer_sj)



Apesar do decreto judicial emitido nesta quarta-feira (9) para a suspensão imediata da greve dos professores da rede municipal em Salvador, com multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento, a Associação dos Professores Licenciados da Bahia (APLB) só discutirá a possibilidade de encerrar o movimento na próxima sexta-feira (11) durante assembleia.  
De acordo com Elza Melo, diretora do sindicato, a categoria recebeu a notificação no início da noite de hoje e submeteu o conteúdo à análise dos advogados. “A suspensão da greve depende da decisão coletiva da categoria”, afirmou durante entrevista ao programa Se Liga Bocão na Itapoan FM. 
Elza Melo ainda comentou as críticas de que o movimento grevista tenha ganhado conotação política e a participação de vereadores da bancada de oposição. ”É direito deles dar apoio ao movimento de qualquer trabalhador. Não é nada fora do comum, acontece em várias categorias”, disse.
Segundo o vereador Leo Prates, vice-líder do governo na Câmara, um levantamento da Secretaria Municipal de Educação mostra que cerca de 60 % dos professores não aderiram à greve. E há regiões onde 80% dos docentes estão em sala de aula. “A baixa adesão ocorre porque é uma greve eleitoreira e mesquinha da APLB Sindicato”, disparou. 
Elza Melo chamou de “injusta e exagerada” a afirmação do prefeito ACM Neto (DEM) de descontar do salário dos professores os dias não trabalhados. “Isso é a última coisa que se coloca numa negociação. Se houver desconto de salário, os professores ficam desobrigados de repor as aulas, o que será um prejuízo aos alunos”, afirmou.

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