Economia & Mercado

Entidades assinam manifesto contra propostas de limitação do parcelado sem juros

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Entidades apontam riscos à economia brasileira em caso de extinção, taxação ou limitação desse tipo de operação  |   Bnews - Divulgação Gabriel Cabral/Folhapress

Publicado em 23/08/2023, às 17h56 - Atualizado às 18h00   Cadastrado por Victória Valentina


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Onze entidades ligadas a setores de pagamentos, comércio e serviço assinaram, nesta quarta-feira (23), um manifesto contra propostas de mudanças no parcelamento de compras sem juros. As associações apontam riscos à economia brasileira em caso de extinção, taxação ou limitação desse tipo de operação.

O manifesto foi assinado por Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Abipag (Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos), Abranet (Associação Brasileira de Internet), Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), Abad (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados), ACAD Brasil (Associação Brasileira de Academias), Alobrás (Associação de Lojistas do Brás), Conecta, Parcele na Hora, Euroconsumers Brasil e Univinco (União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências).

As entidades citam pesquisa realizada pelo Datafolha encomendada pela Abranet que mostra que 75% da população tem o hábito de parcelar as compras.

De acordo com as associações, no ano passado, a modalidade representou metade das compras com cartão de crédito no país e moviemtnou mais de R$ 1 trilhão.

Elas mencionam também no documento uma análise feita pela consultoria LCA estimando que o impacto da restrição do parcelado sem juros poderia representar um aumento de 35% no custo do crédito, o que resultaria em uma retração de até 27% do volume concedido.

"Estudos indicam que a extinção do PSJ poderia causar uma perda de R$ 190 bilhões para o varejo, gerando um efeito dominó sobre os outros setores da economia", afirma Carol Conway, presidente da Abranet, em nota.

Ainda segundo a presidente, é "inadimissível"  que o parcelamento de compras sem juros seja "extinto, taxado ou alterado" e a livre concorrência "deve prevalecer".

Uma análise feita pela consultoria LCA estima que o impacto da restrição do parcelado sem juros poderia representar um aumento de 35% no custo do crédito que, por sua vez, resultaria numa retração de até 27% do volume concedido.

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