Economia & Mercado

Entenda como as ciências econômicas influenciam no dia a dia das pessoas

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Especialistas abordam a importância prática das ciências ecnômicas no cotidiano  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Freepik

Publicado em 01/11/2023, às 05h40   Cadastrado por Verônica Macêdo


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As pessoas comumente associam Economia (com “e” maiúsculo, que designa o campo de estudo) a dinheiro por uma razão simples: economia tem relação direta com trocas e o dinheiro é o meio para intermediar essas trocas. Consumidores têm necessidades e empresas têm soluções. 

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É o que explica Franklin Lacerda, economista, CEO e cofundador da Análise Econômica (AE), consultoria especializada em análise da economia brasileira. 

Ele esclarece que o encontro entre consumidores e empresas produz os mercados onde ocorrem as trocas a partir de preços determinados pelas leis de oferta e demanda. “Esse, certamente, é o mais democrático de todos os mecanismos sociais, pois não há uma pessoa sequer que não seja impactada”, assegura. 

“A economia (com “e” minúsculo, que desta vez representa o conjunto de relações econômicas) possui muitos níveis. No campo das ciências econômicas, dividimos em dois grandes grupos, sendo eles a macroeconomia e a microeconomia”, pontua. 

A microeconomia é o campo que estuda justamente essas relações entre indivíduos e fornece orientações importantes para lidar com o consumo. Para pessoas ou empresas, geralmente a regra é simples: gaste menos do que ganha. 

Contudo, segundo Lacerda, a situação se torna menos simples quando entra em jogo a variável tempo e o crédito. Os desejos de consumo das pessoas e a necessidade de vendas das empresas encontram espaço frutífero - e as atenções precisam ser redobradas. 

“Assim como as empresas precisam montar seus orçamentos e ter na ponta do lápis as expectativas de receitas e despesas, as pessoas precisam registrar e acompanhar seus ganhos (salários, aluguéis, rendimentos de aplicações, bônus, comissões etc) e seus gastos”, salienta o profissional.

De acordo com Lacerda, o registro e acompanhamento cotidiano de ganhos e gastos nos ajuda a evitar os problemas da “contabilidade mental”, como nos ensina o laureado pelo prêmio Nobel em Economia, Daniel Kahneman, no livro ‘Rápido e Devagar: Duas Formas de Pensar’. Nesse sentido, as ciências econômicas nos ajudam a entender como tomamos decisões e, por conseguinte, nos ajuda a evitar armadilhas do consumo. Desse modo, é possível planejar nosso futuro e realizar sonhos”, evidencia.

Ele frisa, por exemplo, o seguinte: “Se você possui dívidas, é fundamental quitá-las e evitar que os problemas se tornem uma bola de neve. Um bom planejamento financeiro te ajudará a visualizar onde o dinheiro está sendo gasto, onde é possível cortar e em quanto tempo é possível pagar suas dívidas - ou até mesmo o que pode ser renegociado”. 

Para o economista, no caso de compras parceladas, o controle financeiro traz luz para o que já está comprometido no futuro e, desse modo, evitar as dívidas antes mesmo que elas ocorram. E, com essa visão clara do futuro, é possível planejar objetivos e sonhos, como trocar o carro, fazer uma viagem ou comprar a casa própria.

Nesse ponto, a macroeconomia também é fundamental. Como a macroeconomia apresenta a visão “agregada” da economia, ou seja, a soma de todos os produtos e serviços vendidos no país em um período, a soma de todos os salários pagos em determinado período, a taxa de juros de referência do país, dentre outras variáveis, ela nos permite compreender se o cenário é favorável ou desfavorável para nossos planos.

“Por exemplo, se há a perspectiva de que os juros estarão mais altos, pode não ser uma sábia escolha fazer o financiamento de um carro. Contudo, ao contrário (se os juros estiverem em queda), pode ser mais interessante realizar seu objetivo. Desse modo, tanto a microeconomia quanto a macroeconomia, nos fornecem chaves para lidar com o dinheiro e outros recursos materiais para que, assim, possamos realizar nossos sonhos e alcançar nossos objetivos”, conclui Lacerda. 

Para Raphael Carneiro, pós-graduado em Planejamento Financeiro e Finanças Comportamentais pela PUC-RS e na formação de Finanças Comportamentais pela Faculdade Brasília, entender bem a economia, que a gente pode chamar de ciências econômicas ou finanças pessoais, é fundamental para que consigamos nos organizar.

“É compreendendo com entendimento do estilo de vida, do estilo de gastos, do quanto se recebe, do quanto se gasta, que a gente pode se programar para os objetivos, para realizações da vida. É respeitando a própria realidade que a pessoa consegue se organizar para comprar um carro, máquina de lavar, trocar um apartamento, planejar -se para aposentadoria, estruturar o futuro”, ratifica Raphael, que é autor do livro “De quanto você precisa?” .

Segundo ele, o objetivo que se deve ter é a manutenção de um estilo de vida adequado, satisfatório dentro da realidade pessoal, com programações condizentes com o que se deseja,  sem grandes sacrifícios.

Pensando no futuro financeiro de crianças e adolescente, um projeto com jogos de Educação Financeira já atende mais de 1 milhão de alunos no Brasil com forte atuação na rede pública do Nordeste.

Trazendo uma proposta inovadora de despertar o interesse pela educação financeira dentro das escolas brasileiras, através de um método leve, divertido e interativo, o Projeto Vamos Jogar e Aprender, realizado pelo Instituto Brasil Solidário (IBS), envolve formação gratuita para os educadores da rede pública, além da distribuição de todo o material pedagógico dos Jogos Piquenique e Bons Negócios nas escolas públicas beneficiárias.

No Nordeste, já são 144 municípios atuantes, uma representação importante de mobilização das ações, com mediadores formados em escolas da Paraíba, Ceará, Bahia, Alagoas, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

A ação tem proporcionado não somente a melhoria dos índices do ensino público no Brasil, como a transformação das vidas dos alunos participantes e seus familiares, além dos professores e orientadores do projeto.

Graças às atividades realizadas por meio do projeto, crianças e adolescentes aprendem conceitos básicos de finanças pessoais, como a necessidade de poupar dinheiro. Além das ações nacionais, a iniciativa do IBS conseguiu ultrapassar as fronteiras do País, chegando no Chile, Colômbia, México e El Salvador, com formações presenciais e entrega dos jogos de educação financeira.

O apoio de uma aliança formada por empresas que viabilizam a expansão do projeto tem entre seus membros instituições como Bank of America, John Deere, Bayer, B3 Social, Ypê, Grupo Ultra, entre outros, além de pessoas físicas.

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