Economia & Mercado
Publicado em 06/10/2022, às 19h54 Redação BNews
A defasagem dos preços internos dos combustíveis no Brasil tem relação com alta do petróleo, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Sendo assim, acabou aumentando a pressão por reajustes da Petrobras para manter a paridade com os preços de importação (PPI), política adotada pela estatal desde 2016.
Na última terça-feira (5), os preços médios da gasolina foram registrados em 9% abaixo do mercado internacional e o diesel 8% mais barato, resultando em uma margem para a Petrobras realizar aumentos de R$ 0,31 e R$ 0,43 por litro nas refinarias, respectivamente, para voltar à paridade.
Na Bahia, mercado atendido pela Refinaria de Mataripe, unidade privada controlada pela Acelen, a defasagem do óleo diesel chega a atingir 10%, enquanto a gasolina, com maior diferença de preços com o mercado externo, foi registrada no porto de Araucária, Paraná, de 12%. De acordo com a Abicom, todos os mercados estão desfavoráveis para importação dos dois combustíveis.
No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP), o risco de déficit de diesel avançou de 32 milhões de litros no início de setembro para 115 milhões de litros, de acordo com o boletim publicado esta semana. O IBP também ressaltou, no entanto, que esse recuo deve ser coberto por estoques de produtores e distribuidores. Hoje, o petróleo do tipo Brent, usado como referência pela Petrobras, subia 0,29%, cotado a US$ 93,64 o barril para os contratos de dezembro.
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