Tombini defende redução da inflação

Em sabatina nesta terça-feira (7) na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) Alexandre Tombini, indicado pela presidente eleita Dilma Rousseff (PT) para ocupar a presidência do Banco Central (BC), afirmou ter a garantia de autonomia operacional da política do BC.
Ele defendeu o controle da inflação, afirmando ser essa condição essencial para o crescimento sustentável da economia do país.

O futuro presidente do Banco Central, defendeu que o governo trabalhe para que a meta de inflação fique abaixo do atual patamar de 4,5%.
"A previsibilidade de inflação baixa e estável é condição necessária para crescimento sustentável", disse durante apresentação inicial.

Ele disse que é preciso construir as condições necessárias para, no futuro, convergir a meta de inflação para o padrão observado nas principais economias emergentes.

Tombini afirmou que há um consenso de que é falso o dilema que contrapõe o crescimento econômico à estabilidade de preços. Segundo ele, a própria experiência da economia brasileira nos últimos anos ajuda a refutar esse dilema

Explicou que nos últimos anos, o país consolidou a inflação em um patamar baixo e teve um crescimento médio muito maior, quando comparado às décadas passadas. Ele destacou que a estabilidade de preços traz previsibilidade e favorece os investimentos.

Durante a sabatina, o economista defendeu ainda a necessidade de a sociedade e o mercado depositarem confiança na autoridade monetária. 

Funcionário de carreira do BC, Alexandre Tombini é economista e ocupa a diretoria de Normas da instituição. Para assumir a presidência, seu nome precisa ser aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos e, posteriormente, pelo plenário do Senado.