Economia & Mercado

Mercado imobiliário baiano tem salto de vendas mesmo durante a pandemia e comemora taxa mais baixa para financiamentos

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Salvador, Camaçari, Feira de Santana e o Litoral Norte foram os principais locais procurados por quem quer a casa própria ou alugar um lugar melhor para viver  |   Bnews - Divulgação Pixabay

Publicado em 31/08/2020, às 20h52   Márcia Guimarães



Mesmo durante a pandemia de coronavírus que causou prejuízos bilionários em diversos segmentos, a partir de junho deste ano, a procura por imóveis novos, usados e lotes cresceu de forma surpreendente na Bahia. Salvador, Camaçari, Feira de Santana e o Litoral Norte foram os principais locais procurados por quem quer a casa própria ou alugar um lugar melhor para viver. 

Diversos fatores contribuíram para o crescimento do mercado imobiliário baiano, a exemplo das novas modalidades de financiamento e da taxa básica de juros, a Selic, que chegou a 2% ao ano. Em entrevista ao apresentador Zé Eduardo nesta segunda-feira (31), na Rádio Metrópole, o presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), Cláudio Cunha, explicou que o Governo Federal foi obrigado a reduzir taxas e incentivar a economia  com liquidez para estimular as pessoas a voltarem a comprar.

“A Selic lastreia todas as taxas de financiamento e estar em de 2% ao ano é uma coisa que nunca sonhamos alcançar tão rapidamente. O mercado de imóveis precisa de segurança jurídica, crédito imobiliário e controle da inflação para conseguir crescer. Estamos bastante otimistas, iremos fazer grandes lançamentos em nossa cidade ainda neste segundo semestre. Esperamos retomar o patamar que tínhamos antes da pandemia no ano que vem”, afirmou Cunha.

A Caixa Econômica Federal tem sido o maior parceiro do mercado no estado no quesito financiamento. Ele reclama que as outras instituições financeiras precisam enxergar o Nordeste da mesma forma que oferece crédito para os negócios no Sudeste, pois a região também possui grande potencial de crescimento e alta demanda por imóveis.

Preços 

Outro atrativo para a compra de imóveis mesmo durante a pandemia, é que os preços utilizados pelo mercado ainda estão defasados, há muita demanda reprimida e houve crescimento na concessão de crédito para o financiamento. “Imóveis usados com dois e três quartos estão em uma crescente. Por estarem muito mais em casa, as pessoas passaram a ver que precisam de espaço para trabalhar, para os filhos estudarem sem distrações, para confraternizar e vivenciar tudo o que for necessário dentro de suas residências”, destacou o presidente da Ademi-BA.

Ele lembra que a classe B continua sendo o grande motor do mercado, pois possui um volume maior de pessoas e consegue taxas de juros atrativas. Diversos lançamentos têm sido voltados para esse público e não será diferente nos próximos meses.

Cunha frisa que a classe B procura, normalmente, moradia em bairros que possuem infraestrutura própria, como escolas, farmácias, mercados, clínicas e outros comércios que ajudem a gastar menos tempo se movimentando pela cidade. Barra, Graça, Imbuí, Piatã e Patamares foram os bairros que se destacaram nos últimos meses nas vendas por terem esse perfil que alia estrutura completa e residência.

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