Economia & Mercado
Publicado em 16/11/2017, às 11h22 Redação BNews
A CCR, que tem entre seus controladores a Camargo Corrêa e a Andrade Gutierrez, assumiu a dianteira na disputa pela Invepar, que tem a concessão do aeroporto de Guarulhos e do metrô do Rio. Na proposta que está sobre a mesa, a concessionária carioca seria incorporada pela concorrente mediante operação que combinaria troca de ações e injeção de capital. Com isso, segundo fontes a par das negociações, os fundos de pensão Previ (de funcionários do Banco do Brasil), Funcef (Caixa) e Petros (Petrobras), que hoje tem 25% na Invepar cada, passariam a ser sócios da CCR. A empresa precisa de cerca de R$ 800 milhões para resolver seus problemas de caixa. A informação é do site Valor Econômico.
Após cometer algumas atrapalhadas na administração do Metrô na Bahia, a CCR intensificou as conversas para adquirir a operação da Invepar. Ainda conforme a publicação, uma das vantagens da operação apontadas por pessoas que acompanham as discussões seria dar mais liquidez às ações em poder dos fundos, uma vez que a CCR já está na bolsa. A fatia de 25% da Invepar que era da OAS e que hoje está nas mãos de credores da empresa — a empreiteira está em recuperação judicial — poderia entrar na troca de ações ou ser vendida à CCR. Na proposta concorrente do fundo árabe Mubadala e da empresa de infraestrutura francesa Vinci, a participação dos credores seria adquirida integralmente, e os fundos seriam diluídos, já que seria feito um aporte pelo consórcio na Invepar. Neste caso, o passo seguinte seria abrir o capital da Invepar, um caminho mais lento para que os fundos pudessem ter liberdade de negociar seus papeis na bolsa.
A Invepar tem 11 concessões, entre elas o Metrô Rio, a Linha Amarela e o aeroporto de Guarulhos. O tempo médio que ainda resta das concessões é de 22 anos. Já a CCR tem concessões mais antigas. Duas delas — Nova Dutra, que administra o trecho da BR-116 que liga o Rio a São Paulo, e Rodonorte, que administra rodovias no Paraná — vencem em 2021. Juntas, CCR e Invepar teriam mais de 15 concessões rodoviárias, dois aeroportos, além de atuação no segmento de mobilidade urbana. Já o Mubadala herdou parte do espólio do grupo X numa negociação para equacionar a dívida das empresas de Eike Batista.
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