Economia & Mercado

Restaurantes fecham e presidente executivo da Abrasel lamenta: crise sistêmica

Publicado em 24/04/2017, às 17h27   Redação Bocão News



A crise econômica brasileira continua atingindo em cheio o setor de alimentação na Bahia. Muitos clientes sumiram, e os que permanecem frequentando esses estabelecimentos estão gastando menos. A muitas demissões no setor também dão uma dimensão do momento ruim, sem perspectiva de melhora.
Fazendo uma comparação de dados de 2015 e janeiro de 2017, os números são, de fato, assustadores. Com relação aos restaurantes e similares, em toda a Bahia, nos dois últimos mais de seis mil estabelecimentos fecharam as portas, uma redução de 37,19%. Considerando apenas a capital, a redução foi de 35,84%, passando de 5.248 para 3.367.
Quando considerados bares/outros especializados em servir bebidas, no estado passaram de 8.606 para 2.062, redução de 76,04. Em Salvador, passou de 2.700 para 959, o que representa uma redução de 64,48. Enquanto isso, quem sente o peso dos números são os donos de restaurantes e bares em crise e as entidades que representam o setor.
Para driblar as dificuldades, os empresários enxugam o cardápio, cortam despesas e, em último caso, demitem funcionários. Para o presidente executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-BA), Luiz Henrique do Amaral, o problema não é pontual: “os dados evidenciam o caos que o setor atravessa e os dados mostram que não se trata apenas de crise pontual e sim sistêmica”, afirmou ao Bocão News.
Apenas na capital baiana, fecharam as portas restaurantes conhecidos como: Deli e Cia Pizzaria e Restaurante (Graça), Farid (Shopping da Bahia), Balthazar Grill & Bar (Avenida ACM), Restaurante 496 (Comércio), Restaurante Conventual (Hotel Pestana), Red River (Rio Vermelho), The Beef (Pituba) e Ercolano Bar e Restaurante (Itaigara).

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp