Denúncia
Publicado em 04/11/2023, às 14h04 Cadastrado por Daniel Brito
Um homem de 39 anos, morador do bairro de Luís Anselmo, em Salvador, diagnosticado com osteoporose em nível 3, considerado um dos estágios mais graves e com riscos de fratura, luta na Justiça para conseguir um medicamento considerado de alto custo para o tratamento da doença.
Tudo começou em abril, quando Adriano Sampaio Gomes da Silva foi colocar um apoio na geladeira do apartamento onde vive com sua esposa, Elizabete, e fraturou três vértebras da coluna. Com fortes dores, ele foi encaminhado a um hospital.
Os primeiros exames de raio-X, no entanto, não detectaram as fraturas. O problema foi constatado somente depois de dois meses, em uma ressonância magnética. Após a descoberta, Adriano iniciou o tratamento com um colete cervical.
A situação, porém, se agravou três meses depois. Segundou relatou Elizabete à reportagem do BNews, após uma nova ressonância, os ossos de seu marido entraram em colapso e foi necessária a realização de uma cirurgia de emergência, para que ele não perdesse o movimento das pernas. "Ele colocou vários materiais na coluna para segurar. Os ossos estão quebrando devido à osteoporose", relata.
Para que os materiais sejam fixados em sua coluna vertebral, Adriano precisa de um medicamento de uso contínuo denominado Teriparatida. O problema está no preço: custa cerca de R$ 3,8 mil, valor com o qual o casal não consegue arcar e que também não é coberto pelo plano de saúde ambulatorial do qual são clientes. Por isso, eles entraram na Justiça, no mês de setembro, com um pedido de liminar para que o Sistema Único de Saúde (SUS) possa fornecer o remédio.
Elizabete conta ainda que a primeira caixa do medicamento para iniciar o tratamento chegou a ser adquirida após uma vaquinha feita entre familiares e amigos. Mas apenas ela não é suficiente, pois o remédio é de uso contínuo. "Não faz sentido ficar pedindo todos os meses, sendo que o SUS pode fornecer", diz.
Ainda de acordo com Elizabete, a situação financeira do casal é complicada. Ela, que é professora, trabalha em duas escolas infantis para que possam se manter, já que Adriano não trabalha. Conforme ela, o pedido de auxílio-doença ao INSS é dificultado pelo pouco tempo de contribuição do seu marido.
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