Grande Bahia é acusada de vender carro com defeito e negar reembolso
Cliente denuncia mau atendimento, descaso com seu patrimônio e até infestação de pulgas em carro reserva |
Publicado em 12/08/2014, às 06h42 Djalma Júnior (Twitter: @djalma88)
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Foto: reprodução
O sonho do administrador de empresas, Ricardo Pinto, era ter um carro de grande porte. Depois de limpar a sua conta bancária, Ricardo decidiu realizá-lo e no mês de julho de 2013 foi até a concessionária da Chevrolet Grande Bahia, localizada na Avenida Paralela, em Salvador, onde comprou uma caminhonete S-10 cabine dupla automática. Até aqui somente alegria, mas depois veio o pesadelo.
O cliente denuncia que após nove dias de comprado, o veículo apresentou problemas e complicações nas soldas das colunas dos cintos de segurança. O proprietário decidiu então voltar à Grande Bahia para verificações. Dias depois, Ricardo recebeu o veículo com o serviço, que segundo ele, estaria “mal feito e com novos problemas”. Dessa vez na injeção eletrônica e na parte elétrica do automóvel. O cliente alega que “com apenas um ano de uso a caminhonete voltou ao estabelecimento por pelo menos oito vezes”.
Ainda segundo a denúncia de Ricardo, em todos os casos em que foi preciso ir ao local ele teria sido bem atendido apenas pelo gerente de oficina que, segundo ele, chama-se Luciano, e que “tem se desdobrado para resolver os problemas mais diversos que o carro já apresentou”. Ricardo confessa estar desmotivado e já tentou até um acordo no qual o mesmo ainda se propôs a desembolsar valores a fim de trocar esse veículo que já não lhe oferece segurança.
“Os serviços de novas soldas das colunas do cinto de segurança ainda não ficaram 100%, na qual a Grande Bahia já adotou outros procedimentos, e o pior, com tantas vezes e tantos procedimentos o carro ainda continua fazendo ruídos e estalos nas colunas de segurança”, reclama Ricardo.
A denúncia do cliente ainda vai além. Segundo Ricardo, o desrespeito chegou “a tal nível que no primeiro procedimento o carro levou quase 30 dias e os veículos oferecidos pela montadora, como ‘carro reserva’, quase provocaram acidentes”. Ricardo reforça que o entregaram cinco carros diferentes. Entre estes, carros sem freio e um deles com infestação de pulgas.
Agora o comprador se sente lesado e quer de volta o dinheiro que investiu, o equivalente a mais de R$ 100.000,00. O dono do carro diz ainda que já fez várias propostas e a revendedora desdenha da situação. A última delas foi a compra do carro dele mesmo, no valor de “melhor oferta de mercado que totalizaria em torno de R$ 95.000,00”.
Ricardo ainda propôs disponibilizar um CNPJ, para comprar um carro zero na mesma montadora com desconto por “compra direta” com tais documentos fornecidos e ainda assumiria os custos da diferença do valor do carro usado para o zero e ainda outros custos de acessórios e emplacamento e seguro. Por temer riscos a sua vida por estar com um carro de grande porte que continua dando problemas no meio da rua e que chama atenção dos bandidos, o cliente teme por estar inseguro.
“Falta de respeito no tratamento com o veículo, que se trata de um patrimônio. Veículo caro, sendo tratado como sucata. Completo desrespeito mesmo com o consumidor”, conclui Ricardo em sua denúncia.
Fotos: Leitor Bocão News
A reportagem do Bocão News conversou com o gerente da Grande Bahia, da Avenida Paralela, Hélio Costa que confirmou toda a situação. Segundo ele, a S-10 do cliente Ricardo, teria apresentado os problemas já citados e “alguns deles foram solucionados”. Ainda de acordo com Hélio, a concessionária estaria buscando a solução de todos os problemas. O gerente reforçou ainda que a cerca de dois meses, o cliente teria retornado ao estabelecimento com novos problemas e que logo foi constatada a utilização de um combustível impróprio, gerando novas demandas de manutenção.
Hélio ressalta ainda que o denunciante já teria acionado a justiça a fim da resolução do caso, mas que a concessionária e sua diretoria permanecem na busca de um possível acordo entre as partes.
Sobre a proposta de compra, Hélio alega que atualmente não há a possibilidade de realizar essa transação por conta da situação do automóvel e que o valor ofertado pelo cliente não seria o ideal. Quanto à reclamação sobre mau atendimento o gerente afirma que a Grande Bahia sempre esteve disponível e desconhece tal posicionamento dos funcionários.
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