Para comemorar 22 anos de existência, a Fundação João Fernandes da Cunha, localizada no Campo Grande, em Salvador, realiza em 21 de maio um evento – a partir de 18 horas - com palestra do bispo auxiliar Marco Eugênio (tema "Orça do Rosário da Virgem Maria através dos tempos"). Logo após a palestra, o presidente da entidade, Silvoney Sales, entrega a Medalha ‘Mérito Professor João Fernandes da Cunha’ a diversas personalidades que reconhecidamente contribuem para a evolução humanista da cidade do Salvador.
A Fundação João Fernandes da Cunha oferece ao público opções culturais nas diferentes áreas do conhecimento, como conferências, palestras, mesas-redondas, estímulo à leitura e atividades pertinentes ao crescimento intelectual humano.
No local, no Largo do Campo Grande, número 8, há uma biblioteca, uma lan house para o acesso de estudantes e de outras pessoas de baixo poder econômico, além de uma coleção pictórica.
Homenageados
Serão homenageados com a Medalha ‘Mérito Professor João Fernandes da Cunha’ as seguintes personalidades: padre Maurício da Silva Ferreira, reitor da Universidade Católica do Salvador; Carlos Eduardo Sodré, chefe de Gabinete da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado da Bahia; Eraldo Moura Costa, diretor Médico da Promédica; Eduardo Rabelo de Mattos, cirurgião-dentista, fundou e manteve uma clínica odontológica na periferia da Cidade Baixa, voltada ao atendimento de pessoas carentes; Alex Augusto Machado, historiador, prestou relevantes serviços no funcionamento do Teatro Castro Alves, realiza há mais de 50 anos novena em louvor a Santo Antônio; Jorge Khoury Hedaye, secretário Municipal de Educação de Salvador; monsenhor José Edmilson de Macêdo, pároco da Igreja Nossa Senhora de Brotas.
João Fernandes da Cunha
João Fernandes da Cunha nasceu na Fazenda Tapera, no Vale do Rio Salitre, em 21 de maio de 1921, faleceu em 8 de dezembro de 2006. Foi um educador incansável. Graduou-se em Ciências Contábeis, Economia e Comunicação.
Foi professor por 30 anos. Estudioso permanente das Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e de toda a variada legislação universitária, recebeu como reconhecimento a outorga de vários títulos importantes.
Em 1940 fez o concurso para o Banco do Brasil, vindo a integrar o quadro de funcionários de carreira da referida instituição, até a sua aposentadoria. Devido a sua competência e credibilidade, foi convidado a organizar, estruturar e implantar dois outros bancos: o Banco do Nordeste do Brasil, onde atuou entre 1954 a 1958, ocupando o posto de gerente geral para os estados da Bahia, Minas Gerais e Sergipe.
Em seguida, criou o Banco do Fomento do Estado da Bahia, que depois foi transformado em Banco do Estado da Bahia (Baneb). Permaneceu na instituição no período de 1954 a 1964.
Dividia o trabalho nas instituições bancárias com o ensino. Ingressou na Universidade Federal da Bahia (UFBA) em maio de 1955, como professor assistente na Faculdade de Ciências Econômicas, a convite da congregação. Posteriormente, foi alçado ao cargo de professor adjunto, exercendo a chefia dos seus departamentos e a coordenação, alternativamente, dos cursos de Economia e o de Ciências Contábeis.
Participou ativamente da implantação da Reforma Universitária nas décadas de 1970/1980, quando elaborou os novos currículos dos cursos para as Faculdades de Economia e Ciências Contábeis da UFBA, adaptando-os às novas necessidades.
Homem de Fé, dedicou-se às Irmandades da Santa Casa de Misericórdia da Bahia; Irmandade do Santíssimo Sacramento Nossa Senhora da Conceição da Praia; e da devoção ao Senhor Bom Jesus do Bomfim.
