Cultura

Coronavírus: Presidente da FGM diz que população baiana vai ‘encontrar um jeito de participar das festas populares’

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Ele acredita que, assim que a vacina sair e o momento de isolamento social passar, a sociedade irá viver um boom inesquecível na Cultura   |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews

Publicado em 17/09/2020, às 20h45   Márcia Guimarães



O presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro, disse que o fato de as festas populares em Salvador não ocorrerem por causa da pandemia de coronavírus não impedirá a população de procurar formas para homenagear, por exemplo, Nossa Senhora da Conceição, Senhor do Bonfim e Iemanjá. 

“Vai ser um sofrimento enorme a não realização de festas populares como a caminhada do Bonfim, a Festa de Iemanjá. Que o povo vai, vai, mas estamos vivendo um momento de tanta transformação louca, um tempo tão fluido, que eu acho que pra o lado da fé as pessoas vão arrumar uma forma de participar. Faz a fila com distanciamento social, por exemplo? Não sei, só sei que não pode passar em branco, vamos ver como vem por aí”, afirmou Guerreiro durante entrevista ao apresentador José Eduardo, na noite desta quinta-feira (17), na Rádio Metrópole.

Ele acredita que, assim que a vacina sair e o momento de isolamento social passar, a sociedade irá viver um boom inesquecível na Cultura, pois há uma demanda reprimida “absurda”. Guerreiro garante que, se o Carnaval não acontecer em 2021, no ano seguinte a festa será “uma loucura”.

“As pessoas estão saudosas, querendo se encontrar, festejar. O baiano não é caseiro, é de rua, gosta de bater perna. Ficar dentro de casa é um terror! Carnaval, quando voltar, vai ser uma loucura de tanta gente nas ruas”, brincou o presidente da FGM. Na opinião dele, a maior festa de rua do planeta se reinventa sozinha e apenas precisa do suporte do serviço público para acontecer. Ano que vem, ele aposta que o festejo será realizado somente em junho ou julho, como tem sido ventilado na imprensa.

Lado positivo

Mesmo com todas as dificuldades trazidas pela pandemia, Guerreiro consegue ver ganhos. A solidariedade que acabou aflorando ainda mais nas pessoas é um deles. Outro aspecto destacado por ele é que muita gente mudou o pensamento e tem evitado sair de casa sem necessidade, vendo que é possível viver bem se reinventando. 

“Muita coisa vai mudar e não vai ter mais volta. Congressos presenciais, por exemplo, vão diminuir muito. O mercado não pode mais pensar no teatro sem transmissão ao vivo. Pra quem assiste é muito bom e pra quem vê em casa também [...] As pessoas estão começando a monetizar através da internet”, exemplificou. 

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