Justiça

Famosa delatora da Lava Jato, doleira ex-esposa de Youssef é extraditada e desembarca na Bahia; saiba mais

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Delatora da Lava Jato é suspeita de atuar para narcotráfico internacional  |   Bnews - Divulgação Foto: Divulgação/Jovem Pan

Publicado em 21/10/2022, às 06h57   Cadastrado por VD


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Presa em abril deste ano após operação conjuntada da polícia brasileira com a Interpol contra o tráfico internacional de drogas, uma das primeiras delatoras da Operação Lava Jato retornou ao Brasil na noite da última quinta-feira (20). E desembarcou em Salvador, por volta das 22h30, segundo o advogado de defesa informou ao g1.

Nelma é suspeita de atuar como doleira para o narcotráfico e chegou a ser condenada na Operação Lava Jato. A suspeita viajou em um voo direto de Lisboa, em Portugal, para a capital baiana.

O desembarque foi decisão de um juiz federal, mas não teve motivo detalhado pelo Nelson Wilians Advogados (NWADV), que representa Nelma Kodama, ex-mulher do doleiro Alberto Youssef. Em outubro de 2014 foi condenada, em primeira instância, a 18 anos de prisão por corrupção, evasão de divisas e organização criminosa.

A doleira será encaminhada para a Superintendência da Polícia Federal, em Salvador, e depois deverá seguir para o Complexo da Mata Escura, também na capital, de acordo com a defesa.

Além de Nelma Kodama, cinco pessoas foram presas durante a operação no Brasil, entre elas o ex-secretário estadual de ciência e tecnologia de MT, Nilton Borgato, que se licenciou do cargo para disputar uma vaga de deputado federal.

A operação, batizada de Descobrimento, cumpriu nove mandados de prisão na Bahia – onde a operação foi iniciada –, São Paulo, Mato Grosso, Rondônia e Pernambuco e dois mandados de prisão em Portugal.

No Brasil, também foram decretadas medidas de apreensão, sequestro de imóveis e bloqueios de valores em contas bancárias dos investigados. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal de Salvador e pela Justiça portuguesa.

Nas investigações, a PF contou com a colaboração da Drug Enforcement Administration (DEA), uma agência norte-americana de combate às drogas), da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária Portuguesa e do Ministério Público Federal.

A prisão de Kodama ocorreu em março de 2014 no Aeroporto Internacional de Guarulhos. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a doleira tentou fugir para Itália com 200 mil euros escondidos na calcinha ao saber que estaria sendo investigada pela Polícia Federal.

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