Justiça

Advogada e PM são investigados suspeitos de coagir clientes para contratar defesa

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Principal alvo dos suspeitos eram clientes que estivessem respondendo por crimes de menor potencial ofensivo  |   Bnews - Divulgação Divulgação/PJC-MT

Publicado em 02/06/2023, às 17h56   Cadastrado por Lorena Abreu



Uma advogada, uma bacharel em direito e um funcionário público foram presos, nesta quinta-feira (01), em Alto Boa Vista (MT) por suspeita de coagir clientes para que contratassem a defesa deles, de acordo com a Polícia Civil. O principal alvo eram clientes que estivessem respondendo por crimes de menor potencial ofensivo. Um policial militar suspeito de participar do esquema também é investigado.

A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de Mato Grosso (OAB-MT), informou, em nota, ao portal g1, que acompanhou a prisão dos investigados e disse que irá encaminhar o caso ao Tribunal de Ética e Disciplina (TED). Caso se comprove as infrações, a OAB-MT disse que os suspeitos irão responder a processo, com a devida garantia do contraditório.

Segundo a polícia, foram apreendidas três armas de fogo em um dos endereços dos suspeitos, sendo que uma das armas estava com registro vencido e as outras duas não tinham autorização legal. Pela apreensão, a investigada foi presa por posse irregular de arma de fogo de uso permitido.

Outros mandados de busca e apreensão foram cumpridos em uma casa das suspeitas e em um escritório de advocacia na cidade, além de outras duas residências e um escritório.

Segundo a polícia, as mulheres coagiam os clientes de diferentes maneiras, além de usarem uma sala do comandante da PM, onde tinham acesso ao sistema de ocorrência da corporação.

Com isso, as suspeitas conseguiam informações privilegiadas a respeito dos clientes para influenciar na coação dos serviços advocatícios.

Ainda de acordo com a polícia, as suspeitas falavam para os clientes que eles só conseguiriam ser liberados se pagassem pelo serviço delas, caso contrário iriam para a delegacia.

Em relação ao militar no esquema criminoso, todos os indícios da investigação foram encaminhados ao 10º Comando Regional da Polícia Militar e ao Ministério Público Militar, para as providências cabíveis.

Todo o material apreendido deve ser periciado. A polícia procura identificar outros possíveis suspeitos envolvidos no grupo criminoso.

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