Justiça

Após denúncia de tráfico de pessoas, Odebrecht nega acusação

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Situação foi divulgada pela BBC Brasil em reportagem nesta quarta-feira (18)  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 19/06/2014, às 06h16   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)




O grupo empresarial Odebrecht repudiou as acusações sobre tráfico de pessoas e trabalho escravo divulgadas pela BBC Brasil, em reportagem.A denúncia gerou uma ação do Ministério Público do Trabalho (MPT), contra a empresa, por manter 500 trabalhadores brasileiros em condições análogas à escravidão na construção de uma usina em Angola. 
Em nota, a Odebrecht negou "veementemente as condições de trabalho sugeridas na matéria, tanto para seus integrantes, como para seus parceiros. A empresa cumpre a legislação trabalhista em todos os países onde atua, inclusive em Angola", explica.
Sobre os questionamentos relacionados aos vistos de trabalho, a empresa afirma que segue os padrões do Consulado e da Embaixada de Angola, cujo processo se estende com a chegada dos trabalhadores no país, atendendo os procedimentos vigentes na legislação local. As expatriações são previamente autorizadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil.
Confira nota na íntegra:
Nota de Esclarecimento
Sobre a matéria veiculada pela BBC nesta quarta-feira, 18 de junho de 2014:
- A Odebrecht repudia as alegações e insinuações veiculadas pela reportagem, que se apresenta distorcida da realidade.
- A empresa nega veementemente as condições de trabalho sugeridas na matéria, tanto para seus integrantes, como para seus parceiros. A empresa cumpre a legislação trabalhista em todos os países onde atua, inclusive em Angola.
- A Odebrecht informa que não existe cerceamento de liberdade para seus integrantes e seus parceiros, e acrescenta que oferece transporte gratuito aos trabalhadores para as cidades vizinhas de suas operações.  
- A expatriação de integrantes não é realizada pela maneira como é descrita pela matéria da BBC. Ela é feita primeiramente a partir de identificação de trabalhadores da própria Organização que atendam ao perfil das vagas e das especialidades requeridas. Caso o recrutamento interno não tenha resultados, a Odebrecht recorre ao cadastramento de currículos de seu site institucional ou às indicações de seus integrantes.
- Sobre os questionamentos relacionados aos vistos de trabalho, a empresa segue os padrões do Consulado e da Embaixada de Angola, cujo processo se estende com a chegada dos trabalhadores no país, atendendo os procedimentos vigentes na legislação local. As expatriações são previamente autorizadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil.
- A empresa não reconhece as condições de moradia citadas na matéria e reforça que oferece, sem custo aos trabalhadores, benefícios de qualidade como refeição, transporte e alojamento, todos com acesso a internet, televisão, telefone que possibilita ligações tanto locais quanto internacionais, e área de lazer conjugada. A Odebrecht realiza periodicamente pesquisas de satisfação junto a seus integrantes e parceiros na avaliação de tais benefícios. 
- Todos os integrantes e parceiros têm à disposição três refeições diárias, produzidas em cozinha industrial, apoiada por nutricionista, além de serviço de saúde, o que inclui médico e ambulatório.
- Para a execução de seus projetos, a Odebrecht efetua a contratação de empresas que atuam no segmento há diversos anos, com know how e expertise na construção de outras obras no Brasil e no mundo. A empresa exige em contrato que as empresas subcontratadas e fornecedores também cumpram todas as normas trabalhistas vigentes, bem como ofereçam condições de moradia, segurança, alimentação e transporte nos padrões da própria Odebrecht.
- A Odebrecht ainda não foi citada na ação ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho e, tão logo o seja, apresentará a sua defesa com a plena comprovação dos fatos acima informados.  
- Atuando há 30 anos em Angola, a Odebrecht tem importante papel na reconstrução do país, realizando obras de infraestrutura em setores prioritários como energia, água, saneamento básico, estradas e casas populares e investindo capital próprio em parceria com empresas angolanas em projetos que geram renda e emprego e melhoram as condições de vida dos angolanos.

Publicada no dia 18 de junho de 2014, às 18h47

Classificação Indicativa: Livre

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