Justiça

TJ Bahia: o pior Tribunal do Brasil

Imagem TJ Bahia: o pior Tribunal do Brasil
Processos disciplinares foram abertos devido a flagrantes de nepotismo e casos de servidores fantasmas  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 11/04/2013, às 08h50   Redação Bocão News (@bocaonews)



O corregedor Francisco Falcão mal começou a analisar os documentos da inspeção que fez no Tribunal de Justiça da Bahia e já percebeu que a Corte quer manter seu título de pior do país – e olha que a concorrência é de respeito.

Na semana passada, abriu três processos administrativos disciplinares devido a flagrantes de nepotismo e de casos de servidores fantasmas. Um dos processos trata de uma servidora que recebe 15 400 reais, mas só aparece para trabalhar uma vez por semana.

No dia da inspeção, um colega tentou encobertar a funcionária e disse que ela faltou devido a uma conjuntivite. O amigo do peito também afirmou ser impossível entrar em contato pois seu celular estava quebrado.



O outro caso é ainda mais escandaloso e trata de uma servidora que recebe 9 236 reais, mas, alega só ser produtiva quando trabalha de casa. Por isso, há pelo menos dois anos não dá expediente no Tribunal e fica em seu home office em São Paulo, a 2 000 km de seu posto de trabalho.

Não bastasse a mordomia, Falcão ainda suspeita que as duas são parentes de desembargadores do Tribunal.

Por essas e outras que a taxa de atraso nos processos do TJ baiano está em 48,3%.


Um documento elaborado pela Ordem dos Advogados do Brasil da Bahia (OAB) reúne uma série de deficiências no funcionamento Judiciário do estado. Entre elas, o de um magistrado que, sozinho, precisou responder pelas eleições de quatro cidades em 2012, levando à lentidão absurda de julgamentos e processos. O relatório está previsto para ser entregue nesta quinta-feira (11) na sede do Tribunal de Justiça da Bahia pelo presidente da entidade, Luiz Viana Queiróz. 

Com informações da coluna de Lauro Jardim

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