Justiça

Operação flagra trabalho escravo na Bahia e no Piauí

MPT
Trinta e três lavradores foram libertados na ação  |   Bnews - Divulgação MPT

Publicado em 15/05/2012, às 15h00   Redação Bocão News


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Trinta e três lavradores que trabalhavam em condições análogas à escravidão foram libertados por uma operação conjunta do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério do Trabalho e Emprego e Polícia Federal na Bahia e no Piauí.

De acordo com o MPT, eles exerciam atividades em condições degradantes em três fazendas localizadas nos municípios de Formosa do Rio Preto, no oeste baiano, e em Barreiras do Piauí, sul piauiense.

O Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo inspecionou seis fazendas na região, que é considerada um dos focos do trabalho degradante.

A ação teve início dia 1º de maio e foi concluída na última sexta-feira (11), depois que os proprietários das fazendas flagradas utilizando mão de obra de menores e oferecendo condições precárias de alojamento, alimentação, higiene e transporte compareceram à sede do Ministério do Trabalho e Emprego de Barreiras-BA para prestar esclarecimentos. Alguns termos de ajuste de conduta já foram firmados e os lavradores identificados exercendo atividades sem as condições mínimas exigidas por lei foram indenizados.



Para o procurador do trabalho Luís Antônio Barbosa da Silva, “a prática ilegal da terceirização de atividades como catação de raiz tem sido a causa de muitos problemas. O fazendeiro contrata o intermediário conhecido como ‘gato’ e se expõe ao risco de ter, em sua propriedade, trabalhadores aliciados de outra região do país, morando em alojamentos precários e sendo transportados em condições de risco de morte. A solução é assumir a atividade com empregados próprios”.

O procurador do MPT destaca ainda a situação a que são submetidos os lavradores nessa região. “Para o trabalhador que é arrancado por motivos econômicos de sua terra de origem e arregimentado para trabalhar em locais de difícil acesso, abre-se um cenário de duras jornadas de trabalho, sem repouso, em ambiente de sol escaldante, sem equipamentos de proteção”, relatou. 


Foto: Ministério Público Federal da Bahia (MPF)

Classificação Indicativa: Livre

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