Justiça autoriza viagem de Kátia Vargas; acusação não vai se manifestar

Faltando menos de dois meses para seu julgamento, a médica Kátia Vargas, acusada de matar os irmãos Emanuel e Emanuelle, conseguiu autorização da Justiça baiana para viajar para as cidades de São Paulo e de Aparecida, no estado de São Paulo. No dia 11 deste mês, a juíza Gelzi Maria Almeida Souza concedeu permissão para a viagem, ocorrida entre os dias 13 e 17 em São Paulo e no dia 16, em Aparecida do Norte, famosa pelo Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

Na decisão, a magistrada afirmou que Kátia Vargas já pôde viajar em outras nove oportunidades. Os advogados que compõem a atual defesa da médica têm escritório em São Paulo. “Nas outras vezes, ela disse que iria para encontrar com os advogados”, afirma ao Correio o promotor Davi Gallo, da 5ª Promotoria do Júri. 

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Dessa vez, o Ministério Público foi contra a viagem. “Ela teria pedido essa viagem para pagar promessa, alguma coisa, mas a gente foi contra. Ela está sob liberdade provisória e responde a um processo grave”, completa. Em outra oportunidade, o MP-Ba e a Justiça foram contra a uma viagem internacional da médica, que em 2014 queria visitar a filha, que fazia um intercâmbio no Canadá. À época, a viagem foi considerada “recreativa” e não foi autorizada. 

Procurado, o advogado Daniel Keller, que defende os interesses da família dos irmãos, afirmou que não pretende se manifestar: “hoje é o sepultamento do pai dos meninos. No momento, a família está pensando apenas nisso”, afirmou ao BNews. No domingo (22), o pai dos irmãos Emanuel e Emanuelle, o projetista Waldemir de Sousa Dias (59), morreu após ter infarto em casa, no Barbalho, de acordo com a família. No momento em que sofreu a parada cardíaca, Waldemir usava uma camisa com a foto dos filhos.