Justiça

Homem é condenado a 23 anos por morte e tentativa de homicídio de estudantes

Publicado em 22/03/2017, às 12h28   Vinícius Ribeiro


FacebookTwitterWhatsApp

O resultado do julgamento de Jean Devis Lasse de Oliveira pelo homicídio e tentativa de homicídio de dois estudantes em 2014, no bairro de Piatã, foi conhecido no final da tarde desta terça-feira (21), no Fórum Ruy Barbosa. Por unanimidade, os sete jurados decidiram pela condenação do acusado, acatada pela juiza Gelzi Maria Almeida com a sentença de 23 anos e 4 meses. 
Jean Devis foi responsável pelo assassinato do estudante de Engenharia Tiago Valentim dos Santos e pelo disparo que deixou o também estudante Tauan Santana Santos paraplégico. Os crimes, que tiveram como palco um bar, ocorreram sob a motivação de ciúmes, após o atirador ver fotos em uma rede social da ex-namorada com os jovens.  
Apesar do conforto com a punição, familiares e a defesa das vítimas não esconderam a insatisfação, prometendo recorrer da decisão por compreender que a pena é insuficiente diante da gravidade dos crimes cometidos por Jean.
A mãe de Tauan, Tânia Santana, expressou um misto de satisfação e frustração com a pena. "Ele foi condenado, mas vamos recorrer por se tratar de um homicídio e uma tentativa. Achamos que foi pouco, diante dos crimes com motivação torpe, quando não se dá o direito de defesa da vítima", disse ao Bocão News. Segundo ela informou à reportagem, Jean também responderá no próximo dia 30, na 6ª Vara, por roubo majorado. 
O julgamento iniciado às 8h30 de segunda-feira (20) seguiu até as 22h do mesmo dia. Os trabalhos tiveram prosseguimento às 9h de ontem, quando o resultado foi anunciado por volta das 17h30. Os promotores de Justiça do caso foram Luciano Assis e Davi Galo.
Iraci Valentim, mãe de Tiago, contou ao site que a sentença trouxe alívio, mas não minimiza a dor da perda do único filho. "Não há um sentimento que explique a perda do único filho que a gente tem, mas é aquele alívio de que foi feita a justiça. A gente sabe que tem uma justiça superior, que será feita por Deus", tranquiliza-se.
FALSO TESTEMUNHO - De acordo com os relatos das mães das vítimas, não houve aproximação com o acusado, que permaneceu todo o tempo de frente para o júri. Em vários momentos, segundo dito pela acusação, ele teria alegado ser perseguido pela polícia. "Como última cartada, a defesa dele apareceu com duas testemunhas que caíram de paraquedas contando mentiras e mais mentiras. Foram acusadas de falso testemunho e vão responder a processo", contou Tânia.
Notícias relacionadas:
Amigos de universitário assassinado promovem encontro na Área 1

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp