Justiça

Obras de transposição realizadas pela Mendes Júnior são afetadas pela Lava Jato

Publicado em 08/01/2015, às 08h24   Redação Bocão News (Twitter:@bocaonews)



Funcionários da Mendes Júnior, construtora responsável pelas obras de transposição do Rio São Francisco, já começaram a sentir os efeitos da associação da empresa na operação Lava Jato, da Polícia Federal. A ação investiga esquema de corrupção em contratos da Petrobras.

Sem crédito na praça e sem receber da estatal, a construtora ainda não fez o pagamento da segunda parcela do 13º salário, para os cerca de 500 empregados que continuam na obra. De férias coletivas desde o dia 18 de dezembro, os funcionários voltaram ao trabalho na segunda-feira (5), porém, permanecem parados.

Além de entrar com uma ação na Justiça reivindicando o pagamento do 13º e por dano moral coletivo, o sindicato fará nesta quinta-feira (8) uma mobilização na BR-232 para protestar contra a situação.

“A empresa disse que fará o depósito hoje, quando vence também os salários dos funcionários. Mas ela está falando isso todos os dias”, diz Luciano Silva, coordenador do Sintepav (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem em Geral no Estado de Pernambuco).

Segundo Silva, nos últimos meses, a Mendes Júnior demitiu quase 2.500 pessoas no canteiro de obras do lote 8, que deverá ser concluído apenas em 2016. Na opinião de especialistas, o risco é que as obras de outras áreas tocadas pelas construtoras envolvidas na Lava Jato sejam atingidas. Outra empresa que corre o risco de entrar em recuperação judicial é a OAS, como alerta a Fitch Rating, agência de classificação de risco.As informações são do Estadão.

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