Coronavírus

“Se não fosse por nós, US$ 45 milhões teriam sido pagos por uma vacina que até o momento não se resolveu”, diz deputado

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Após um atraso de mais de uma hora, CPI da Pandemia começa a ouvir servidor de carreira do Ministério da Saúde, Luís Ricardo Fernandes Miranda e o deputado federal Luís Miranda (DEM)  |   Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube

Publicado em 25/06/2021, às 15h54   Redação BNews



O servidor de carreira do Ministério da Saúde, Luís Ricardo Fernandes Miranda, começou a depor na CPI da Pandemia na tarde desta sexta-feira (25), após um atraso de mais de uma hora. Em breve apresentação antes das perguntas do relator Renan Calheiros (MDB), o servidor destacou que faz parte da pasta desde  2011, após passar para um concurso público.

Na sequência, o irmão de Luis Ricardo, o deputado federal Luís Miranda (DEM) tomou a palavra. Ele disse que compareceu a CPI pelo irmão, e que se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em um sábado para alertar sobre indícios de corrupção nos contratos firmados pelo Ministério da Saúde para adquirir a vacina Covaxin. 

O deputado diz que o presidente entendeu a gravidade da situação. "Cobramos o presidente na segunda, na terça. [...] Coincidência ou não, após nossa cobrança realmente chegou uma cobrança da empresa com a última correção. Se não fosse por nós, 45 milhões de dólares teriam sido pagos por uma vacina que até o momento não se resolveu - e que não sabemos se vai se resolver", disse. 

Os valores seriam dados a Madison Biotech. O deputado também salientou que não "precisa de palanque", e destacou que o irmão não queria que soubessem do depoimento que havia dado ao Ministério Público Federal (MPF). Contudo, o material "vazou" para a imprensa. 

A sessão foi retornada por volta das 15h22, com o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede) fazendo mensão a matéria publicada pela revista Veja, informando que o senador, e filho do presidente, Flávio Bolsonaro (Patriota) teria "aberto às portas" do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, empresa que fechou o contrato de venda da vacina indiana.

Randolfe afirmou que procurar vacina não é crime, mas apontou que há indícios de que a negociação tenha ocorrido para beneficiar uma empresa em detrimento de acordos para aquisição de outros imunizantes. O Líder do Governo, o senador Fernando Bezerra (DEM) afirmou que não houve sobrepreço na aquisição da Covaxin.Em seguida, o senador governista Ciro Nogueira (PP) disse que a reunião citada pela reportagem com o BNDES ocorreu para tratar da aquisição de fibra óptica.

Agora, o relator dará início aos seus questionamentos.

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