Coronavírus

“Vamos enfrentar o problema? Ou o problema é o presidente?", indaga Bolsonaro

Agência Brasil
A resposta vem em meio à uma queda-de-braço do presidente com quase a todos os governadores, que vem adotando medidas opostas às defendidas pelo Governo Federal  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 30/03/2020, às 16h15   Redação BNews



Depois de sair às ruas do Distrito Federal no último domingo (29), contrariando as recomendações de isolamento social do ministério da Saúde para conter a disseminação do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro questionou se o problema é o coronavírus, ou o seu governo. 

A resposta vem em meio à uma queda-de-braço do Palácio do Planalto com quase a totalidade dos governadores,  que vem adotando medidas opostas às defendidas por Bolsonaro. Um dos protagonistas nessa recente briga é o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), que já foi acusado pelo próprio presidente de já estar cavando lugar nas eleições de 2022.

“Vamos enfrentar o problema? Ou o problema é o presidente? Tem que trocar de presidente e resolve tudo?”, perguntou.

De acordo com informações do O Globo, Bolsonaro equiparou o desemprego ao coronavírus e afirmou que ambos precisam ser “tratados juntos” para atenuar a crise.

“Vocês acham que morrerão gente com o passar do tempo? Vai morrer gente. Nós temos dois problemas: o vírus e o desemprego. Têm que ser tratados juntos, e com responsabilidade”, declarou.

Bolsonaro repetiu que a fragilidade econômica pode resultar em mortes por suicídio no futuro, decorrentes de pessoas depressivas com a dificuldade de trabalhar.

“ Se o emprego continuar sendo destruído da forma como está sendo, mortes virão, outras, por outros motivos, depressão, suicídio, questões psiquiátricas. Um pai, que chega em casa ou que está em casa e um filho pede um prato de comida e ele não tem, ele, que tem vergonha na cara, começa a se julgar responsável pelo que está acontecendo. E vai à luta. Até um animal vai à luta para trazer sustento para seus filhos, o ser humano não é diferente”, explica.

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