Copa do Mundo

Valcke acha “infantil” ministro não querer mais recebê-lo

Publicado em 04/03/2012, às 14h42   Agência Brasil



O secretário-geral da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Jérôme Valcke, garantiu que virá ao Brasil no próximo dia 12 para continuar acompanhando os preparativos para a Copa do Mundo de 2014. Valcke classificou de “um pouco infantil” a decisão do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, de não recebê-lo mais para tratar da Copa por ter declarado que o país precisa levar “um chute no traseiro” por causa dos atrasos nas obras.

A declaração de Valcke foi feita no sábado (03), em Londres, mesmo local onde, na véspera, ele fez as críticas que levaram Rebelo a considerar os comentários como “impertinentes e descabidos”, motivo pelo qual “o governo não aceitará mais o secretário-geral como interlocutor nesses assuntos da Fifa”. O ministro disse que vai conversar com o presidente da Fifa, Joseph Blatter, para pedir um novo interlocutor, já que Valcke, segundo ele, não será mais recebido no país.

"Agora, se o problema é eu ter feito uma declaração, enquanto nada evoluiu nos últimos cinco anos... Eu disse exatamente o que está acontecendo no Brasil, onde as coisas não estão bem encaminhadas. Se o resultado disso é que agora o governo não quer mais falar comigo e nem trabalhar comigo, acho um pouco infantil”, disse Valcke ontem na capital britânica em resposta a Rebelo.

Valcke que participa em Londres da reunião do Conselho Legislador da Fifa, disse na sexta-feira (2) que a construção de estádios e a infraestrutura de transportes e hotéis para a Copa no Brasil está atrasada, motivo pelo qual os organizadores precisavam de “um chute no traseiro”, pois o país está mais preocupado em ganhar a Copa do que em organizá-la.

O secretário-geral da Fifa também atacou o Congresso brasileiro pelo que considera “discussões infindáveis” sobre a Lei Geral da Copa, que está em tramitação na Câmara dos Deputados e ainda não teve sua votação concluída na comissão especial encarregada do projeto de lei encaminhado pelo governo.

Apesar das críticas que fez ao andamento dos preparativos para a Copa, o secretário-geral da Fifa disse na sexta-feira que não há um "plano B" para a Copa do Mundo de 2014 e que o evento acontecerá no Brasil, mas os torcedores podem sofrer, pois o país não tem hotéis suficientes em todos os lugares para recebê-los, com exceção de São Paulo e do Rio de Janeiro.

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