Cidades
Publicado em 16/10/2018, às 18h09 Redação BNews
O Serviço de Atendimento a Mulheres Expostas à Violência Sexual (AME) do Hospital da Mulher (HM), no Largo de Roma, em Salvador, já atendeu 282 pacientes até o início de outubro. O Serviço funciona desde abertura do Hospital da Mulher, em janeiro de 2017.
Vítimas a partir de 12 anos são atendidas espontaneamente, encaminhadas através de outros órgãos ou referenciadas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Segundo o Governo do Estado, uma equipe multidisciplinar formada por médicas, farmacêuticas, psicólogas, enfermeiras e assistentes sociais trabalham no acolhimento.
Uma das pacientes atendidas no AME é uma manicure, que foi estuprada há seis meses, quando saía do dentista e se encaminhava para o ponto de ônibus, no bairro de Itapuã. Após seis meses de tratamento, ela já recebeu alta e incentiva outras mulheres para que não se calem e procurem ajuda.
“O meu atendimento foi excelente, ao chegar aqui [no Hospital da Mulher], eu passei pela farmácia e em seguida fui encaminhada para psicóloga, infectologista e ginecologista. Daí, eu dei continuidade ao tratamento e hoje eu já recebi alta e levo a minha vida normal. O HM me deu total apoio”, contou a manicure.
A coordenadora e médica ginecologista do serviço, Jamile Martins, explicou que, além do atendimento de emergência, é feito todas as consultas de seguimento.
Após ser liberada da observação, a paciente faz todas as profilaxias (contra doenças sexualmente transmissíveis), e é mantida vinculada ao hospital. "No mínimo, a paciente fica aqui seis meses após a violência, faz o controle sorológico, toda consulta com profissionais e a gente também faz aqui o serviço de interrupção legal da gestação para os casos de gravidez decorrente da violência sexual”.
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