Cidades

Perito contratado por Kátia Vargas é condenado por acusação contra delegadas

Publicado em 29/08/2017, às 14h06   Redação



A juíza Maria Fátima Monteiro Vilas Boas proferiu, na sexta-feira (25), sentença favorável em processo resultante de queixa crime em favor das delegadas Acácia Nunes e Jussara de Souza contra o perito Ricardo Molina de Figueiredo. Segundo o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado da Bahia, as acusações do perito resultaram no reconhecimento pela justiça da prática dos crimes de calúnia e difamação contra Acácia Nunes.

O perito foi condenado a um ano e três meses de reclusão e ao pagamento de 36 (trinta e seis) dias-multa, substituída pela pena restritiva de direitos, consistente em prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas, a ser cumprida conforme dispositivos legais. Mas, Molina foi absolvido das imputações desses dois crimes em relação à delegada Jussara Souza. O escritório de advocacia que presta assistência ao sindicato vai impetrar recurso.

De acordo com a vice-presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado da Bahia -ADPEB/Sindicato, Patrícia Oliveira, essa conquista tem o condão de firmar o necessário respeito que deve ser dispensado ao trabalho do delegado de policia, na condução das investigações criminais.

"Não podíamos deixar que declarações inverídicas fossem proferidas contra duas profissionais qualificadas, que agem com compromisso com a verdade e a justiça, ofendendo as suas honras e respeitabilidade. O delegado de polícia tem o dever profissional de conduzir ética e legalmente o inquérito policial, e não cabe a terceiros emitir comentários de caráter subjetivo ou ofensivo a qualquer pessoa", explica Patrícia.

Entenda o caso

No dia 16 de dezembro de 2013, o perito Ricardo Molina, contratado pela defesa de Káta Vargas, declarou em entrevistas a duas rádios locais, que as delegadas responsáveis pela investigação da morte dos irmãos Emanuel e Emanuele Gomes, de que foi acusada a médica, teriam criado uma farsa para incriminar a suspeita. O perito ainda acusou uma das delegadas de alterar a data do depoimento da testemunha considerado a "peça chave" do processo.

O perito justificou a acusação dizendo que o depoimento não foi prestado no dia do acidente como disse a delegada, mas que havia ocorrido dois dias depois, quando as testemunhas já teriam tido acesso ao depoimento dos familiares das vítimas e à cobertura da imprensa.

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