Cidades

Não queremos greve, queremos respeito aos nossos direitos, diz Daniel Mota

Publicado em 13/05/2016, às 07h26   Vinícius Ribeiro (Twitter: @vin_ribeiro)



O diretor de Comunicação do Sindicato dos Rodoviários, Daniel Mota, reitera o posicionamento da categoria na reivindicação pelos direitos trabalhistas que, segundo ele, vem sendo desrespeitados na mesa de negociação com os empresários.
"Nós não queremos greve, queremos que respeitem nossos direitos inalienáveis. A data-base é 1º de maio e os empresários querem levar para novembro", disse, preocupado também com a possibilidade de demissão de cerca de 5 mil cobradores. "Querem demitir quase 5 mil cobradores com essa onda de catraca eletrônica", alertou em entrevista à Rádio Sociedade.
Após seis reuniões com o sindicato patronal, e duas assembleias realizadas na quinta-feira (12), o Sindicato declarou estado de greve.
Em conversa com o Bocão News, na semana passada, Jorge Castro, diretor do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps), alegou a crise política e econômica para postergar o pagamento. No entanto, Daniel Mota não concorda com a justificativa.
"Crise econômica, crise moral, e nós rodoviários não temos nada a ver com esta crise. A gente acorda à 3h da manhã, leva o passageiro, traz, leva de volta para casa, somos alvo da crise, mas não contribuímos em nada com esta crise", afirmou.
Estado de greve
Daniel Mota explicou, ainda, que o estado de greve serve de alerta para uma provável paralisação das atividades, ainda sem uma data definida. Porém, ele espera que a prefeitura, através da Secretaria de Mobilidade, intervenha nas negociações. "A mesa de negociações está aberta ainda", garantiu.
Durante o estado de greve, o diretor explica que algumas reuniões itinerantes serão realizadas nas garagens com trabalhadores que não compareceram às assembleias. Segundo ele, antes de uma paralisação definitiva, a ação pode retardar o serviço nas ruas.

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