Cidades

Parte do valor era do prefeito de Mirante, diz PF sobre fraude de licitações

Publicado em 21/10/2015, às 08h41   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Um esquema desenvolvido para beneficiar uma empresa específica, que em contrapartida destinaria uma parte do valor para o prefeito de Mirante, Hélio Ramos Silva (PMDB), principal suspeito de participar do esquema fraudulento.  Assim a Polícia Federal definiu, em entrevista coletiva nesta terça-feira (20), em Vitória da Conquista, a participação do gestor do Município no esquema de corrupção desmascarado pela Operação Belvedere, deflagrada na manhã de ontem.

"A licitação já era pronta para beneficiar uma empresa específica e, combinada com o sócio dela, de que uma parte do valor seria destinada justamente ao prefeito", explicou o delegado Rodrigoi Kolbe sobre o esquema criminoso.

A investigação foi realizada em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF). Foi constatado que as empresas envolvidas no esquema de licitação teriam recebido mais de R$ 4 milhões do município.

Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, bloqueio e sequestro de bens e valores na casa de R$ 1,095 milhão, 11 mandados de condução coercitiva, além de seis mandados de suspensão do exercício da função pública e a proibição de entrar nas dependências da prefeitura, incluindo o prefeito, a primeira dama e outros servidores públicos ligados ao esquema, nas cidades de Mirante, Livramento de Nossa Senhora, Bom Jesus da Serra, Poções, Planalto e Feira de Santana.

Os supostos responsáveis pela prática dos crimes deverão responder pelos crimes de fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, crime organizado, lavagem de dinheiro e crime de responsabilidade dos prefeitos.

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