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Trânsito mata 42,8 mil pessoas no País e índice cresce 13,9% em um ano

Imagem Trânsito mata 42,8 mil pessoas no País e índice cresce 13,9% em um ano
Em todo o Brasil, foram 117 mortes por dia, em média  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 12/05/2012, às 22h40   Redação Bocão News



O número de mortes no trânsito brasileiro cresceu 13,9% em 2010, de acordo com dados recém-consolidados do Ministério da Saúde. Foram 42.844 óbitos, uma média de 117 mortes por dia, ante 37.594 no ano anterior, quando 103 pessoas morreram por dia.

A maior alta foi registrada entre ocupantes de motocicletas, com variação de 16,7% - 10.825 mortos em 2010, ante 9.268 em 2009. O índice de óbitos de pedestres também cresceu no período - passou de 8.799 para 9.944, alta de 13%. As mortes de ocupantes de automóveis aumentaram 11%, de 8.133 para 9.059.

E mortes de ocupantes de caminhões, ônibus, veículos pesados e outros tipos de acidentes não detalhados somaram 11.434 vítimas - em 2009, foram 9.783, variação de 16%. Veículo visto como inofensivo, usado até por adolescentes em cidades litorâneas, os triciclos estiveram ligados a 69 mortes em 2010. No ano anterior, foram 38 óbitos, um aumento de 81%.

Do total de mortes, 15.598 foram no Sudeste. Logo atrás está o Nordeste, com 11.853 óbitos. Depois vêm o Sul (7.585), Centro-oeste (4.441) e Norte (3.367). O balanço confirma ainda a tendência de que são os mais jovens as principais vítimas da violência no trânsito. Na distribuição entre faixas etárias, 11.277 vítimas, o equivalente a 26,3% do total, tinham entre 21 e 29 anos. Da faixa etária entre 30 e 39 anos, morreram 8.303 pessoas (19,3% do total).

Frota. O diretor da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), Dirceu Rodrigues Alves Júnior, afirma que o aumento da frota é o responsável pelo crescimento das mortes. "Ela cresce de maneira geométrica", afirma ele. De acordo com o médico, o aumento de carros favorece o maior número de acidentes com motocicletas. "Com o maior número de veículos e a redução de espaços nas ruas, há mais acidentes com motos", diz.

Segundo ele, a curto prazo, fiscalização e prevenção são as melhores medidas para amenizar os números, mas só com educação é que haverá uma queda significativa. "Ensinando crianças dos 5 até os 18 anos, queremos mudar a cultura da população em relação à mobilidade sobre rodas", afirma.

Alves Júnior ressalta que a preparação dos novos motoristas não é boa o suficiente. "É concedida a carteira ao motorista, que desconhece a adversidade. Ele não sabe dirigir de noite, na chuva ou evitar uma capotagem", diz. Segundo ele, para melhorar a capacitação dos motoristas, seria necessário o uso de simuladores nos Centros de Formação de Condutores (CFCs).




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