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Caso Swissleaks: diretores do HSBC no Brasil indicavam clientes para contas secretas na Suíça

Rémy Genoud/Citizensi
PF investiga se ex-funcionários do banco têm participação em lavagem de dinheiro de correntistas  |   Bnews - Divulgação Rémy Genoud/Citizensi

Publicado em 02/05/2018, às 09h43   Redação BNews


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A Polícia Federal abriu uma nova frente na investigação do caso Swissleaks para apurar responsabilidades de ex-funcionários brasileiros do HSBC na abertura e manutenção de contas secretas na Suíça. O objetivo é identificar se eles participaram de crimes como evasão de divisas e lavagem de dinheiro — é uma das primeiras investigações do país que miram a responsabilidade de um banco nesses crimes. As informações são do jornal O Globo, cuja edição de terça-feira (1º) já havia revelado a existência de 660 brasileiros sob suspeita de terem mantido contas secretas no HSBC Private Bank Genebra. 

Até agora, por meio do banco de dados do HSBC suíço, a PF identificou 13 ex-funcionários no Brasil que tinham relação com essas contas. 

"O que as investigações indicam (...) é que tais funcionários não só tinham conhecimento da existência dos ativos de brasileiros em solo estrangeiro, como indicavam novos clientes à filial suíça e prestavam apoio logístico e de gestão na manutenção das suas carteiras, podendo, dessa forma, ao menos em tese, ter tomado parte nos fatos ilícitos ora investigados”, escreveu o delegado da PF Tomás de Almeida Vianna, em relatório sigiloso obtido pelo jornal carioca.

O caso Swissleaks veio à tona em março de 2015, após uma série de reportagens de O Globo em parceria com o jornalista Fernando Rodrigues. 

À época, os dados secretos do HSBC da Suíça foram vazados por um ex-funcionário do banco, Hervé Falciani, para o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês), que compartilhou as informações com diversos veículos de comunicação pelo mundo.

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