O empresário penambucano Apolo Vieira Santana, um dos donos do jato que matou o candidato à presidência da República em 2014, Eduardo Campos (PSB), em Santos, é um dos alvos da 38ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta quinta-feira (23). Ele chegou a ter a prisão decretada pelo juiz Sérgio Moro, na Operação Blackout, mas o pedido foi suspenso após negociação de delação premiada.
“Apolo Santana, com atuação criminosa principalmente no Estado de Pernambuco, tendo como atividade a intermediação de propina de contratos realizados com a administração pública, com a utilização de empresas de fachada”, informou a força-tarefa da operação.
Apolo surge em um dos negócios da Petrobras, de contratos dos navios-sonda Vitoria 10000 e Petrobras 10000. A Justiça identificou pagamentos para a conta de offshore Zago Inc, no banco Safra, em Luxemburgo. “Apolo Santana se apresenta como profissional voltado para a lavagem de ativos e vale-se constantemente de contas no exterior para circular valores ilícitos, o que justifica o recebimento de valores de propina oriundos do navio-sonda Vitória 10.000 em conta oculta no exterior, operação que deve ter sido realizada em favor de algum agente político, disse o Ministério Público Federal.
O acusado recebeu USD 510 mil na conta Zago de propina referente ao navio-sonda Vitoria 10000. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.
