A saída do vice-presidente Michel Temer da articulação política do governo Dilma Rousseff – cargo que ocupava desde abril - trará desdobramentos nas relações do Executivo com o próprio PMDB, acredita o presidente nacional do Democratas, José Agripino (RN). “A saída do vice-presidente Michel Temer da articulação política não se encerra em um ato de renúncia ou de comunicação. Isso terá desdobramentos nas relações do governo com o PMDB, na Câmara e no Senado, e com o PMDB como partido político”, frisou o parlamentar, segundo noticiou o Diário do Poder.
Informações divulgadas pelos meios de comunicação, dão conta de que a negociação de cargos e emendas parlamentares agora ficará sob a responsabilidade do ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, pelo menos até o dia 1° de setembro. Após a data, o ministro deve passar a se dedicar exclusivamente à sua pasta. A decisão de Temer foi comunicada à presidente na manhã desta segunda-feira (24). O vice-presidente e Padilha participaram da reunião de coordenação política, com outros ministros, e depois permaneceram no gabinete para a conversa com Dilma.
“A decisão de Michel Temer vai trazer o maior dos embaraços para a presidente Dilma no campo das articulações políticas”, destacou José Agripino. “Sem uma articulação bem trabalhada da Câmara e Senado com o partido majoritário nas duas Casas vai ficar muito mais difícil para o governo. A não ser que ele consiga superar dificuldades que não conseguiu superar e que fez Michel Temer sair do cargo”, concluiu José Agripino.
