O Ministério Público Federal denunciou por calúnia, na última semana, o delegado e o agente da Polícia Federal que acusaram irregularidades e coação envolvendo a cúpula de delegados da Operação Lava Jato, em Curitiba, segundo informou o Estadão.
O delegado Mário Renato Castanheira Fanton e o agente federal Dalmey Fernando Werlang foram denunciados criminalmente à Justiça Federal pelo procurador Daniel Holzman Coimbra, do Grupo de Contro Externo da Atividade Policial da Procuradoria.
Segundo o jornal, éssa é a primeira ofensiva contra uma suposta tática de contrainteligência que investigadores da Lava Jato identificaram, a apartir do final de 2014. A estratégia seria desestabilizar as apurações e tentar algum tipo de nulidade legal na condução do caso.
Os policiais são acusados de se associaram "para ofender a honra dos colegas", apontando grampos ilegais na cela do doleiro Alberto Youssef, e vícios na sindicância aberta para conduzir o caso.
A Procuradoria solicitou abertura de ação penal por calúnia, que prevê pena de seis meses a dois anos de prisão e multa, aumentada em um terço da pena por envolver vítima agente público no exercício da função.
A denúncia do órgão reforça as suspeitas dos investigadores de que o episódio pode ter relação com suposta tática adotada por empreiteiras do cartel para tentar anular a Lava Jato.
Publicada no dia 15 de agosto de 2015, às 19h