O secretário de Cultura e Turismo, Cláudio Tinoco, descarta a possibilidade de a captação de patrocínio pela prefeitura influir na diminuição das cotas vendidas pelos blocos privados. De acordo com ele, o efeito é contrário, pois se uma determinada marca do segmento de bebida investe no setor público o concorrente tende a expor a sua marca no privado.
Para Tinoco, os efeitos da crise econômica foram sentidos nos dois últimos anos. Sendo que os cortes em marketing são comuns em períodos como este. O secretário conversou com a reportagem, neste sábado (25) no Camarote do Bocão News no Circuito Dodô, na Barra.
Outra discussão avaliada como desnecessária pelo secretário é a disputa entre governo e prefeitura pelo protagonismo da festa. “É uma festa realizada pela prefeitura. Acredito que o estilo do governador é de enfrentamento desnecessário. Antes, durante a gestão de João Henrique, inclusive (Tinoco foi superintende da Saltur à época), havia acordo entre a secretaria estadual de Turismo e a de Cultura conosco”.
O secretário ressalta que Rui não reconheceu a dívida do governo de Jaques Wagner (PT) e que até hoje não efetuou o pagamento referente à cota ‘Master’ do último ano de gestão do então governador. “O investimento em blocos independentes sem cordas sempre existiu. A diferente agora são as atrações e o espaço aberto com a diminuição dos blocos. A população entende como tendência o trio sem corda e nós (prefeitura) já tínhamos isso. Agora, o governo também remodelou a estratégia”, disse.
O secretário comentou ainda sobre a
punição que a banda Baiana System pode sofrer. Tinoco não acredita em retirada da banda do Carnaval após manifestação 'Fora Temer'. Embora reconheça que exista a proibição de manifestações políticas, como ressaltou o presidente do Concar, para ele a punição seria desmedida. Em se tratando de Carnaval é díficil parar ou proibir manisfestações como estas sejam positivas ou negativas.
