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BNews Folia 2023: Ambulante acusa cervejaria de desprezo com entrega de isopor

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A ambulante sinaliza que seu material de trabalho vai prejudicar o desempenho no trabalho  |   Bnews - Divulgação Leitor/BNews
Pedro Moraes

por Pedro Moraes

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Publicado em 11/02/2023, às 09h10 - Atualizado às 14h07



Foliões e comerciantes aguardam ansiosamente a chegada do Carnaval, e, também, do pré-período oficial da festa. Seja para curtir quanto trabalhar, eles têm expectativas grandes com o evento. No setor dos vendedores ambulantes, uma das pessoas que estão no ‘corre’ é Edileia Campos de Albuquerque.  Aos 59 anos, a ambulante já atua no Carnaval de Salvador há cerca de 40 anos.

Em contrapartida, após um hiato de dois anos sem a realização da festa mais popular do Brasil, Léa, como é conhecida popularmente entre os grupos de vendedores do evento, tem feito um apelo para a bebida oficial do Carnaval deste ano: a Brahma. Segundo ela, os profissionais do local de entrega dos kits para os ambulantes têm faltado com empatia.

Em entrevista exclusiva ao BNews, ela relatou que passou cinco dias na porta da Semop para conseguir a licença do Carnaval, no entanto, não conseguiu. Segundo ela, diferentemente da prioridade dita pelos órgãos municipais para os ambulantes de Salvador, pessoas de ilhas conseguiram tirar a licença, e ela não, mesmo sendo cadastrada há anos pela Prefeitura de Salvador.

Por outro lado, após conseguir tirar a licença para o Fuzuê e para o Furdunço, Edileia entrou em desespero com a rejeição para a troca do seu isopor de trabalho. 

“Meu marido e a filha dele foram lá agora para trocar o isopor que a gente tem, que está todo quebrado e não presta mais, eles [o pessoal do estande da Brahma] disseram que não iam trocar. Eles ainda disseram que se colocar mercadoria dentro do isopor, vai quebrar e vai levar”, relata a vendedora ambulante.

Léa também contou à reportagem que tem um filho pequeno, de 4 anos, e tem lesões oculares como catarata. Ela frisou que precisa do dinheiro oriundo da venda no Carnaval para conseguir suprir suas necessidades.

“Tenho que comprar um óculos porque tô com problema na vista, no braço, e não tô conseguindo nada disso. Eu só quero um isopor para trabalhar, não quero dinheiro deles, mas eles não querem dar. A Brahma não quer dar isopor, disse que só vai dar segunda-feira [13 de fevereiro] pro pessoal que tirou licença. Muita gente que tirou licença, disse que comprou a licença na mão dos funcionários da Semop, entre R$ 180 e R$ 300”, finaliza. 

Recentemente, o titular da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), Luciano Ribeiro, relaotu que o órgão recolheu prints de pessoas que venderam na OLX, bem como nesses sites. Ainda conforme o secretário da pasta, um ofício foi enviado à Polícia Civil para investigação dos fatos.

Entramos em contato com a assessoria de comunicação da cervejaria Brahma para maiores esclarecimentos sobre este caso. Por meio de nota, a Brahma esclareceu que, "como já divulgado  amplamente, a entrega dos kits para os ambulantes credenciados pela prefeitura acontecerá a partir da próxima segunda-feira (13)".

Além disso, a cervejaria mencionou que o fato acontecerá em dois pontos: "CAMPO GRANDE: entre os dias 13, 14 e 15, das 9h às 17h, Av. Reitor Miguel Calmon, s/n, Canela (embaixo do viaduto do Campo Grande). BARRA ONDINA: entre os dias 13, 14 e 15 das 9h às 17h, na rua Baependi, s/n, Ondina."

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