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Está tendo Skol no Carnaval, sim

Publicado em 08/02/2016, às 20h36   Cris Argolo



A exclusividade da marca Schin no Carnaval de Salvador não inibiu vendedores de comercializar outras marcas. No Circuito Dodô, ambulantes se arriscam oferecendo ao folião as marcas concorrentes do patrocinador oficial da festa.
Segundo os comerciantes, o lucro tem sido baixo e o os prejuízos cada vez maiores. Edmar Silva, ambulante há mais de 10 anos nas praias de Salvador, diz ter deixado de vender outras marcas por medo da repressão policial. "O prejuízo é grande, no primeiro dia fui repreendido verbalmente, então joguei logo tudo fora, para não apanhar", diz. Ainda segundo Edmar, o lucro por dia tem sido por volta de R$ 200, muito menos que nos outros anos.
Com relação ao embate dos ambulantes com a PM que aconteceu nesta segunda-feira (8), o ambulante é categórico: "por mim teria mais! Ninguém tá aqui roubando, estamos trabalhando e não merecíamos esse tratamento", completou.
De acordo com a também vendedora Dilma Cruz, não vale a pena ficar no Circuito até a festa acaba, quando o cliente sabe que só tem Schin no isopor da vendedora, desistem de comprar ou negociam para a compra sair mais barata.
Quem não se intimida com a restrição é Carlos Júnior, ambulante pelo segundo ano no Carnaval, arrisca a venda da Skol Beats pelo Circuito e afirma: "só assim para sair daqui com dinheiro". Questionado sobre a possível repressão policial, Carlos declara não ter medo. "Eles tiram de mim hoje, amanhã eu vendo de novo". O ambulante diz que os lucros vendendo a marca concorrente fica em torno dos R$ 900 por dia.

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