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BNews Around: Prestes a completar 53 anos, Jau fala sobre lições da pandemia, música e religiosidade

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Cantor promove nesta terça-feira (27), o tradicional caruru em comemoração ao seu aniversário  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 25/09/2022, às 17h49   Ginno Larry



O cantor Jau completa 53 anos na próxima terça-feira (27). Não haveria data mais especial para essa fera da música brasileira comemorar mais uma primavera do que no dia de São Cosme e São Damião. Por isso, Jau faz questão de manter a tradição e todo ano celebra seu aniversário com um tradicional caruru.

E para antecipar um pouco do que vai rolar na festa, a coluna BNews Around bateu um papo com aniversariante, que falou sobre os desafios e aprendizados que teve durante a pandemia, sobre renovação e, claro, sobre sua festa e religiosidade.

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Questionado sobre o gostinho especial de comemorar aniversário após o período mais complicado da pandemia, Jau foi enfático: "Tem um gosto especialíssimo. Comemorar 53 anos é também muito especial. Eu nasci no dia 27 de setembro, portanto meu caruru também é de devoção. Natualmente tem a parte profana, mas tem a devoção a São Cosme e São Damião. Poder comemorar meu aniversário ao lado dos amigos é sem palavras. Estar vivo depois de uma pandemia dessa, quando tantos se foram, e ainda poder celebrar mais um ano de vida, só tenho a agradecer a Deus pelos amigos que tenho e poder estar vivo desfrudando desse planeta lindo e dessa nossa cidade que é Salvador".

Depois de tantas dificuldades e privações, sobretudo para a classe artística que ficou sem poder fazer seus shows, Jau fala sobre os aprendizados que ficaram: "Que a gente não pode parar sob hipótese alguma e que a arte talvez seja o maior mecanismo e veículo de cura e transformação que existe na terra. Eu continuei fazendo música para me manter saudável e sereno, e para manter as pessoas saudáveis; para me salvar e para salvar as pessoas. A música serve pra isso, para salvar, para remodelar, para compor e para curar. Música é cura".

Além dos aprendizados, muitas mudanças aconteceram desde o início da pandemia. Jau, por exemplo conta que as adaptações que a pandemia trouxe também serviram como experiência e agregou artísticamente. "Posso falar especialmente de mim. Claro que pra cada pessoa mudou de uma forma diferente. A pandemia me deu a clareza de que é possível produzir música sem muita parafernalha eletrônica, sem muita gente. Eu venho de uma formação 'olodunica', que é um monte de percussionista, sempre com públicos imensos, e na pandemia aprendi a fazer música com eu no palco e mais uma pessoa, e com públicos pequenininhos. Isso pra mim foi bom porque me deu mais confiança. Parafraseando Gilberto Gil, deu régua e compasso para continuar fazendo música".

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Jau também falou de sua relação com São Cosme e São Damião e com a religiosidade como um todo: "Eu nasci no dia 27 de setembro, dia de São Cosme e São Damião, e minha mãe sempre fez caruru. Depois que cheguei na fase adulta eu peguei essa responsabilidade pra mim e há mais de 20 anos faço o caruru e convido meus amigos pra comemorar meu aniversário. Eu acredito no bem, poderia dizer que sou politeista. Sou candomblecista, tomo banho de folhas, eu oro pra Nosso Senhor Jesus Cristo, para nossa Mãe Natureza, pra toda força do bem no universo. Sou religiosamente uma pessoa que acredita em tudo que faz o bem, que quer o bem e que promove o bem".

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