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Seagri beneficia 3000 pequenos produtores de frutas do Vale do São Francisco com suporte técnico-financeiro

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Iniciativa consta em três acordos de cooperação técnica e financeira firmados através da Seagri  |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews

Publicado em 06/05/2023, às 09h53   Cadastrado por Beatriz Araújo


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Cerca de três mil pequenos fruticultores instalados em perímetros irrigados na região do Vale do São Francisco, no extremo-norte da Bahia, estão aptos a receber assistência técnica, orientação e acesso à tecnologia para monitorar e combater a mosca das frutas. A iniciativa consta em três acordos de cooperação técnica e financeira firmados entre a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) e a Federação da Agricultura do Estado da Bahia/Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Faeb/Senar).

Com o suporte, os pequenos produtores da região poderão ter acesso a técnicas que mantenham suas lavouras protegidas dessas ameaças, levando segurança ao mercado consumidor e ampliando as possibilidades de venda, inclusive para o mercado internacional. "Essas iniciativas vão destinar três milhões de reais para apoiar a fruticultura do Vale, sobretudo as culturas de uva e manga. Esses dois produtos possuem alto interesse do mercado externo, a exemplo do europeu e do norte americano", afirmou o secretário Wallison Tum, titular da Seagri.

A mosca das frutas representa o maior risco para o ciclo da fruticultura no norte baiano atualmente. Sem o controle dessa praga, todos os atores da cadeia ficam expostos, podendo afetar o fluxo de vendas, sobretudo, para o mercado externo. Para se ter ideia da importância econômica, somente as exportações de uva e manga colhidas na região movimentam mais de 2 bilhões de reais anualmente, gerando empregos o ano todo.

Com 10 hectares de frutas plantados no município de Juazeiro, Maria José Alves Pereira Soares, 61 anos, comemora o suporte técnico que terá para monitorar e combater as moscas das frutas e faz planos. “Vamos ter melhorias na qualidade da produção e levaremos a propriedade de nossa família a um outro nível de segurança fitossanitária. Lá na frente, teremos maior abertura no mercado e nosso plano é exportar, principalmente manga das variedades tommy e haden”, arremata.

"Para que essas frutas entrem em mercados como da Europa e Estados Unidos, é necessário um rígido controle fitossanitário, que precisa estar em constante atualização e aperfeiçoamento. Antes, somente grandes empresas possuíam esses meios. Agora, vamos poder democratizar as expertises e técnicas para que cada vez mais produtores possam plantar e colher sem intercorrências e assim ter acesso a novos mercados", declarou o diretor-geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Paulo Sérgio Luz.

De acordo com Vitor Lopes, diretor financeiro do Sebrae Bahia, essa iniciativa integra o projeto Sebraetc, que foca no estudo e disponibilização de soluções tecnológicas para sanar problemas na cadeia produtiva de diferentes setores, incluindo o agro. "Para mantermos a mosca das frutas longe dos pomares do Vale do São Francisco, o Sebrae e parceiros vão usar da tecnologia e da expertise já existente na região e não tenho dúvidas de que esse modelo tem tudo para ser replicado pelo Brasil", concluiu Lopes.

Convênios

Os convênios assinados preveem investimentos de 2 milhões de reais, sendo 1.4 milhão do Sebrae-BA, 300 mil reais da Seagri e outros 300 mil da Abrafrutas. Os técnicos vão oferecer orientação, formação e trabalhar, em conjunto com aqueles que plantam, para monitorar as ameaças.

Ainda em fase de ajustes e com o mesmo objetivo, há um novo termo de cooperação técnica e financeira, da ordem de R$ 1 milhão, que será firmado entre Sebrae e a Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb/Senar).

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