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ACM Neto solta o verbo contra o atual sistema da política brasileira

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Disposto a vencer as eleições ao governo do estado através do seu apadrinhado Paulo Souto, o prefeito de Salvador soltou o verbo contra o atual sistema da política brasileira, em um bate-papo com a reportagem do Bocão News nesta segunda-feira (11). Um dos temas que veio à tona no pleito deste ano é a compra de votos de lideranças comunitárias, que chegam a cobrar R$ 35 mil ou R$  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 11/08/2014, às 00h00   Juliana Nobre


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Disposto a vencer as eleições ao governo do estado através do seu apadrinhado Paulo Souto, o prefeito de Salvador soltou o verbo contra o atual sistema da política brasileira, em um bate-papo com a reportagem do Bocão News nesta segunda-feira (11). Um dos temas que veio à tona no pleito deste ano é a compra de votos de lideranças comunitárias, que chegam a cobrar R$ 35 mil ou R$ 100 por voto. Sobre o fato, o prefeito da capital baiana disse desconhecer, mas reconhece a importância da reforma política no país. Neste sentido, para ele, o candidato à presidência da República, Aécio Neves é quem poderá fazer a partir de janeiro de 2015, caso eleito. No cenário baiano, o principal cabo eleitoral da chapa oposicionista detonou a ação representada pelo PT contra propaganda publicitárias da prefeitura que estariam favorecendo Souto e, principalmente, sobre o pedido de inelegibilidade de sua futura candidatura. Mesmo desconhecendo detalhes da ação, Neto afirma que não passa de ‘desespero’ dos petistas. Mesmo tendo o seu candidato na primeira posição nas últimas pesquisas, ACM Neto desqualificou o levantamento do registrado pelo instituto Babesp – DataNilo, com divulgação para esta quarta-feira (13). “Essa pesquisa não merece qualquer tipo de credibilidade ou confiança por parte de quem quer que seja”.

Disposto a vencer as eleições ao governo do estado através do seu apadrinhado Paulo Souto, o prefeito de Salvador soltou o verbo contra o atual sistema da política brasileira, em um bate-papo com a reportagem do Bocão News nesta segunda-feira (11).

Um dos temas que veio à tona no pleito deste ano é a compra de votos de lideranças comunitárias, que chegam a cobrar R$ 35 mil ou R$ 100 por voto. Sobre o fato, o prefeito da capital baiana disse desconhecer, mas reconhece a importância da reforma política no país. Neste sentido, para ele, o candidato à presidência da República, Aécio Neves é quem poderá fazer a partir de janeiro de 2015, caso eleito.

No cenário baiano, o principal cabo eleitoral da chapa oposicionista detonou a ação representada pelo PT contra propaganda publicitárias da prefeitura que estariam favorecendo Souto e, principalmente, sobre o pedido de inelegibilidade de sua futura candidatura. Mesmo desconhecendo detalhes da ação, Neto afirma que não passa de ‘desespero’ dos petistas.

Mesmo tendo o seu candidato na primeira posição nas últimas pesquisas, ACM Neto desqualificou o levantamento do registrado pelo instituto Babesp – DataNilo, com divulgação para esta quarta-feira (13). “Essa pesquisa não merece qualquer tipo de credibilidade ou confiança por parte de quem quer que seja”.

Bocão News - O resultado da pesquisa Datanilo também coloca o seu candidato Paulo Souto à frente de Rui Costa. Apesar de ser do concorrente, o senhor acredita nessa pesquisa também?

ACM Neto - Não quero comentar a pesquisa antes de ver o resultado dela. A Datanilo, se eu me lembro bem, da aposta que o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado Marcelo Nilo perdeu para o deputado Paulo Azi sobre o segundo turno. Marcelo Nilo apostou, com base nos números de sua pesquisa, que o deputado federal Nelson Pelegrino ganharia as eleições para prefeito e o resultado a cidade toda conhece. Eu não acho que essa pesquisa mereça qualquer tipo de credibilidade ou confiança por parte de quem quer que seja. Até porque um instituto que é comandado por um cabo eleitoral de um candidato não tem confiança. Não faço ideia de como foi feita, por isso prefiro ver os resultados para ver até onde vai o esforço do deputado Marcelo Nilo tentando levantar um candidato que vai um pouquinho mal das pernas nesse momento.



Bocão News – O que o senhor achou da ação que o PT ingressou pedindo inelegibilidade contra uma possível candidatura do senhor em 2016?

ACM Neto - É o desespero. Para falar a verdade não conheço direito sobre essa ação e não faço ideia do que eles estão querendo. Me parece que o PT está muito incomodado pelo excelente governo que estamos fazendo em Salvador, principalmente pela comparação da prefeitura municipal com o governo do estado, em relação aos resultados, a eficiência da nossa gestão. Temos apenas um ano e meio na gestão e estamos mostrando muito mais resultados que o governo do estado conseguiu mostrar em oito anos. Eu deixo esse desespero a cargo deles. Porque o que eu mantenho é a minha serenidade e dignidade para continuar fazendo o meu trabalho.

Bocão News – Um dos assuntos que veio à tona nestas eleições é a compra de votos de lideranças de bairros, que oferecem um valor alto por eles, algo em torno de R$ 35 mil. O senhor tem conhecimento desse fato?

ACM Neto - Eu não tenho conhecimento disso, mas tenho uma preocupação da força que o poder econômico está cada vez mais abrangente na política brasileira. A gente só muda tudo isso quando de fato tivermos um presidente que queira fazer a reforma política no Brasil. Ontem ouvi uma entrevista do candidato à presidência, Aécio Neves (PSDB) dizendo que logo no começo do ano de 2015, eleito presidente, irá encaminhar uma reforma política para o Congresso Nacional. Esse é o único caminho. Eu que já estive no Congresso por 10 anos sei que reforma política só tem como avançar se o presidente da República, pessoalmente, estiver empenhado e decidido a fazer. Já conheço Aécio, conheço seus propósitos e por isso estou com ele. Mas ontem fiquei muito mais animado de trabalhar com ele quando o vi se manifestar nessa direção. Não tem outro caminho para acabar com a mercantilização da política senão através da reforma política, que torne o sistema mais transparente.


Bocão News – E o senhor é a favor do financiamento público de campanha?

ACM Neto - Não sou a favor do financiamento público de campanha. Pode até surgir dentro de um debate maior, mas a priori eu não sou. Não quero dizer que não poderia ser convencido de. Acho que é preciso ter regras mais claras de financiamento, mais transparentes e principalmente que a Justiça Eleitoral do Brasil, em termos de controle, precisa ter meios para acompanhar a prática do ‘caixa 2’. Esse é o grande problema das eleições. E se a Justiça Eleitoral e os órgãos de controle não tiverem meios de fiscalizar vai continuar acontecendo cada vez com maior intensidade e infelizmente para a democracia brasileira.

Bocão News - O senhor enquanto deputado federal sentiu alguma dificuldade de debater essa questão?

ACM Neto - Eu vivi isso, fui membro de uma das comissões. Vivi de perto esse debate e era quase que uma voz - com mais algumas outras, não muitas no Congresso Nacional -, minoritária porque na prática hoje os políticos estão acomodados com o sistema que tem aí. Foi por esse sistema que eles se elegeram e por isso que querem manter esse sistema para sempre. Só que eu acho que a cada eleição, fica cada vez mais claro, que não dá para enfrentar um processo eleitoral com as regras que estão valendo: divisão do tempo de televisão, com a quantidade de partidos políticos que temos no Brasil. É preciso diminuir imediatamente. Não dá para ter essas coisas que estão empobrecendo a política e tem muita coisa para mudar que só vai acontecer com decisão pública. E para isso é preciso ter um presidente disposto. A presidente Dilma Rousseff teve a oportunidade de fazer e não fez. Mais um motivo para você buscar alguém que ainda não passou lá e pode afirmar um compromisso desse.

Fotos: Gilberto Junior// Bocão News


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