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Da Luz não quer metrô, mas garante que vai construir ponte Salvador-Itaparica

Imagem Da Luz não quer metrô, mas garante que vai construir ponte Salvador-Itaparica
Sem papas na língua, o candidato ao governo do estado pelo PRTB, Rogério Da Luz foi o último entrevistado do Bocão News, na série das Eleições 2014. Afiado, Da Luz critica o fatiamento de secretarias, coligações com muitos partidos e garante que irá por ordem nas contas do Estado. Considerado um político polêmico, Da Luz afirma que transformará o Palácio de Ondina em museu e  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 10/07/2014, às 00h00   Juliana Nobre


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Sem papas na língua, o candidato ao governo do estado pelo PRTB, Rogério Da Luz foi o último entrevistado do Bocão News, na série das Eleições 2014. Afiado, Da Luz critica o fatiamento de secretarias, coligações com muitos partidos e garante que irá por ordem nas contas do Estado. Considerado um político polêmico, Da Luz afirma que transformará o Palácio de Ondina em museu e não utilizará o helicóptero do governador. Promete que irá construir a ponte Salvador-Itaparica e mais uma em Xique-Xique-Barra para melhorar o escoamento da região. “Eu quero ser o melhor governador da história da Bahia”. Com propostas consideradas por muitos fantasiosas, o postulante não tem receio de cair no descrédito da população, caso chegue ao poder. Da Luz já garante que não continuará o projeto do metrô em Salvador, devido ao alto custo. Bem como em São Paulo - onde nasceu – quer implantar na capital baiana o sistema de monotrilhos. Lídice é ‘incompetente’, Wagner ‘mal-gestor’ e Paulo Souto 'a volta ao passado'. O candidato do PRTB quer inovar, com suas ideias quase eloquentes. Assista a entrevista na íntegra ao final do texto.

Sem papas na língua, o candidato ao governo do estado pelo PRTB, Rogério Da Luz foi o último entrevistado do Bocão News, na série das Eleições 2014. Afiado, Da Luz critica o fatiamento de secretarias, coligações com muitos partidos e garante que irá por ordem nas contas do Estado. 

Considerado um político polêmico, Da Luz afirma que transformará o Palácio de Ondina em museu e não utilizará o helicóptero do governador. Promete que irá construir a ponte Salvador-Itaparica e mais uma em Xique-Xique-Barra para melhorar o escoamento da região. “Eu quero ser o melhor governador da história da Bahia”.

Com propostas consideradas por muitos fantasiosas, o postulante não tem receio de cair no descrédito da população, caso chegue ao poder. Da Luz já garante que não continuará o projeto do metrô em Salvador, devido ao alto custo. Bem como em São Paulo - onde nasceu – quer implantar na capital baiana o sistema de monotrilhos.

Lídice é ‘incompetente’, Wagner ‘mal-gestor’ e Paulo Souto 'a volta ao passado'. O candidato do PRTB quer inovar, com suas ideias quase eloquentes.

Assista a entrevista na íntegra ao final do texto.




BNews – Por que o PRTB decidiu ter candidatura própria?

Rogério Da Luz - Nosso partido se respeita. Eu fico sem entender por que os partidos decidem não terem candidatura própria. O partido só pode existir defendendo suas bandeiras, seus ideias, tendo seus projetos. A partir do momento que esses projetos somam com alguns partidos ditos grandes, que já tem uma estrutura, as histórias se confundem. No caso do PRTB e o PEN, que estão coligados aqui na Bahia, queremos construir uma história juntos e abrir para outros partidos que também queiram somar para fazer um projeto grande, que quem ganhará é a Bahia.

BNews – E considerando que o partido é pequeno, quais são realmente os objetivos da sua candidatura?

RDL – Eu quero ser o melhor governador da história da Bahia. Sou candidato para a gente ganhar a eleição, fazer a melhor administração que aqui já teve, se é que já teve alguma administração porque eu nunca vi hospitais funcionando a contento, escolas de tempo integral, creches. A violência tem índices alarmantes e está deste jeito porque não se cuidou da Educação há 20 anos. O ex-governador fala que nesse governo atual morreram 37 mil pessoas, mas quem matou tinha 28 anos em média. Há oito anos, ele tinha 20 anos e se ele já tivesse que ser correto, ele teria quer ser educado até os 10 anos de idade. Hoje estamos sofrendo uma violência plantada há 20 anos atrás. Temos que ter um combate efetivo também na Educação e em parceria com a Polícia Militar, Civil e mudar a forma de reprimir porque não adianta prender o indivíduo e levá-lo para cadeias super lotadas, ele sairá pior. Para resolver o problema é preciso fazer presídios que sejam escolas, indústria para dar condições de trabalho e vai comer do suor do seu rosto e alimentar sua família com esse esforço. Vamos fazer funcionar porque nós temos o melhor projeto.

BNews – Quais são as suas principais propostas para Educação, Saúde, Segurança Pública?

RDL – A primeira coisa que iremos fazer é cortar gastos de onde não se precisa gastar tanto e utilizar o dinheiro onde realmente precisa. Se diz o tempo inteiro que não tem. Por exemplo, uma pessoas precisa de internação hoje, ela não pode esperar para amanhã, não pode se colocar na regulação e ficarem definindo lá quem morre e quem vive, brincando de Deus. Se a pessoa precisa de uma UTI é porque necessita hoje. Se a pessoa precisa de uma creche para deixar seus filhos e ir trabalhar não é o ano que vem, é agora. É preciso tratar isso com seriedade. Para isso é preciso fazer a reestruturação administrativa do Estado. O Estado arrecada hoje 32 bilhões de reais ao ano e gasta mal. Dinheiro tem, mas está sendo mal gasto. Vamos cortar gastos desnecessários, a exemplo de palácios. Palácio de Ondina. Eu quero saber por que o governador precisa morar em palácio. Ele é rei? Ele foi eleito para ser empregado do povo e está lá para administrar essa empresa chamada Bahia. É uma vergonha morar em palácio e ter um gasto de um milhão de reais de manutenção dele. Continuou a história da senzala e da casa grande. Ou seja, a escravidão não acabou porque os governantes querem morar em palácio. Outro gasto é o helicóptero. Pegar um para ir ao trabalho quando se custa 56 mil reais por dia e uma internação custa cinco mil reais por dia significa que para ir ao trabalho e voltar estou deixando de atender 11 leitos de UTI. Em 30 dias, 330 pessoas podem morrer. Agora vamos ter o helicóptero sim, mas para servir ao Esquadrão Águia e salvar pessoas. Gastar esse dinheiro para evitar o trânsito, onde se diz que gastaram oito bilhões e meio em mobilidade urbana quando com esse dinheiro dá para se construir 200 quilômetros de monotrilho. Em São Paulo só se faz monotrilho, não se faz mais metrô porque é um gasto muito grande. O horário da Governadoria será das seis da manhã às nove da noite porque não vou pegar trânsito para ir nem para voltar do CAB.

BNews – Então com o fim do Palácio de Ondina, do helicóptero do governador, você vai andar de ônibus, de metrô?

RDL – [não responde à pergunta] Só para complementar, nós vamos reduzir de 32 secretarias para 10. E quem vou colocar lá são as 10 melhores pessoas profissionais que se tem em cada área. Não quero saber em partido, tem que ser o melhor do Brasil. Para a Saúde vou chamar Elcimar Coutinho, se ele vai aceitar não sei. Um estado como o nosso que tem 1,2 mil quilômetros de praia com a vocação turística que temos e nós temos na Bahitursa uma pessoa chamada Diogo Medrado. Agora me pergunto: é a pessoa na Bahia que mais entende de Turismo é ele? Será que a pessoa que entendia de Turismo era o ex-secretário [Domingos] Leonelli? Só porque é do PSB, da senadora que só diz que é perseguida? Ela é perseguida pela incompetência. Ela com uma secretaria não conseguiu derrubar o Estado, que passou de primeiro para o terceiro lugar [no ranking de destinos mais procurados no Brasil]. O ex-governador teve a oportunidade dele durante oito anos e nunca deu aumento para o funcionário público. Ele nunca respeitou o servido público. Não respeitava os prefeitos quanto mais os coitados dos munícipes. Tem o projeto de um ex-governador que saiu como ruim e agora quer voltar como bom. Tem o projeto atual que já se exarou e um outro que a mídia tenta colocar como terceira via, mas que não é via nenhuma e tem o nosso projeto feito com os pés no chão.

BNews – E dá para governar com 10 secretarias?

RDL – O que não dá é para governar com 32 porque se quebra o orçamento do Estado e faz com que o dinheiro fique na atividade meio. Por exemplo, Casa Civil, não serve para nada. Serin, não serve para nada, ali é um escritório de lobby. Sedur, não serve para nada. Criaram a secretaria, mas quem faz tudo é a Conder. Eu não preciso de tudo isso, é só para atender os partidos. Eles precisam de várias e várias secretarias para dividir o bolo. Nós não faremos isso. Só temos o PEN e o PMB, que apesar de não ter conseguido registro, está conosco nessa jornada. Com um pequeno contingente de partidos vamos conseguir debater com a sociedade, parcerias com as prefeituras. Não ter essa coisa de ‘oposição’, ‘situação’. Nossa situação é o que o povo vem sofrendo é estar junto com povo. Não quero saber da cor da bandeira deles, de onde vieram, quero sim trabalhar junto com eles, e com todos os deputados, desde que seja para resolver esse problema que ninguém resolveu. A situação não pode continuar assim. Nós temos a situação do Turismo que estamos perdendo.

BNews – E o que você pretende propor para reverter a situação?

RDL – Primeiro contratar a pessoa que mais entenda de Turismo na Bahia, que saiba fazer ‘semanas da Bahia em Barcelona, na França’. Fazer convênios com a Europa, organizar a orla porque do jeito que está o turista vem, não volta e não convida mais ninguém. O cara chega no aeroporto e leva duas, três horas no congestionamento na Paralela, não volta nunca mais. Precisamos resolver o problema da mobilidade urbana. E dinheiro tem. Disseram que tem o ‘pai da mobilidade’ e que gastaram oito bilhões e meio de reais para todo mundo ficar parado. Quero saber para onde foi esse dinheiro. Vamos fazer um governo com liberdade e é por isso que a minha coligação se chama ‘Por uma Bahia livre e justa’.

BNews – Agora, com essas propostas polêmicas você não tem receio de que elas se tornem fantasiosas quando você chegar ao poder e ver que ali não é exatamente como você pensava que seria?

RDL – Pergunta excelente porque ‘fantasia’ para quem vive na Bahia esse tipo de proposta parece até fantasia, mas quem conhece fora sabe que isso funciona. Tem cidade que conheço que está no primeiro lugar no Índice de Desenvolvimento Humano. Salvador está em 477º lugar, o resto da Bahia está em 1700º lugar no meio de cinco mil municípios. E por que tem município com nenhum buraco na rua, a Saúde funciona, não tem mendigo na rua, e na Bahia tem que ser desse jeito? A gente que conhece outros lugares sabe que pode fazer, agora fatiando desse jeito, gastando desse jeito, aí vira ‘ilha da fantasia’. Trabalhando com seriedade, sem preguiça, com energia, vontade. Aos 46 anos estou no auge da minha capacidade para governar o estado da Bahia para poder mudar os rumos desse Estado. Não é fantasia não. Mas se você acha que deve continuar morrendo em filas do hospital, preso em uma regulação, você acha que isso é correto e tenha que ser assim. Eu não acredito. E quando eu for governador, a partir do dia 1 de janeiro tudo vai mudar. E vocês verão que o que era fantasia será a mais pura realidade. Por isso que vou fazer no Palácio de Ondina um museu para que vejam que fantasia era o que eles viviam lá, bonança, com festas, com luxo, enquanto você estava lá no lixo, na favela, na casa de taipa, na palafita. Outra coisa grave: a Bahia é riquíssima. Temos a maior jazida de minério do mundo. Se você for em Nordestina tem trilhões de quilates de diamantes e as pessoas morando em casa de taipa. Em Santa Luz, temos um monte de ouro e o povo morando em barraco. Em Caetité, minério de ferro, alumínio e o povo morando em barraco. Aí você chega em São Francisco do Conde, com tanto petróleo, e a capital do petróleo dos Emirados Árabes é Dubai. Agora compara São Francisco do Conde com Dubai. O dinheiro vai para quem precisa ou quando você enterra esse dinheiro em um monte de multinacionais da qual o ex-governador não pode dizer que não sabia porque ele é geólogo. Ele pode não saber nada de administrativo porque ele é um incompetente, mas é geólogo e quando falo em minério, ele tem que saber. O nosso projeto é para que a riqueza da Bahia fique para os municípios. Eu falo isso porque tenho propriedade. Minha intenção é estar uma vez por mês em cada região, despachando de lá, para ter essa proximidade com os prefeitos. Vamos fazer a ponte Salvador-Itaparica e ainda a de Xique-Xique-Barra para melhorar o escoamento da região.

BNews – Essa relação com os prefeitos terá que contar com a parceria com a União dos Municípios da Bahia, por exemplo. Como você analisa a atual gestão da UPB e como pode ser no seu governo?

RDL – [Maria] Quitéria vem fazendo o trabalho dela como ela pode. Lutando pela municipalização e nós somos a favor. Mas quando se tem um governo que tudo o que se quer fazer não sai é difícil ir para frente. E à UPB vamos dar mais força para que os prefeitos possam realmente se unificarem. E é simples fazer essa administração porque só temos 417 municípios. E vou trabalhar junto com eles, os prefeitos vão definir quais obras são necessárias. Não é governador quem tem que decidir. Também vou trabalhar junto com os deputados. Vou ouvir os 63 deputados estaduais e os 39 federais porque não vou trabalhar sozinho, com os melhores profissionais e sem bandeiras partidárias. E não é só o povo que está sofrendo não, os empresários também. Eles estão sendo asfixiados aos poucos. Já o governo do DEM em Salvador negociou dívidas em 180 meses e quebrou muitas empresas. Eu não gosto dessa briga de elite. Sou a favor de unidade, do ser humano.

BNews – E dá para equilibrar os anseios da população com o dos empresários?

RDL – Os anseios são os mesmos. Os empresários querem fazer a obra e a população quer a obra. O que não pode ter é o superfaturamento, desvio de verbas, obras iguais ao metrô ‘encantado’ que nunca termina. Tem que ter no edital de licitação três itens importantes: o preço, o prazo e a garantia. Esses dias teve o acidente em Minas, que caiu um viaduto todo. Eu fico até com medo de passar na mobilidade urbana que fizeram com tanta rapidez ali na Paralela. Porque se no contrato não contar prazo, a garantia, multas por atraso para que as pessoas se comprometam em entregar a obra.

BNews – Você falou do monotrilho. No seu governo você dará continuidade ao metrô ou mudará o projeto?

RDL – Vamos fazer o monotrilho. Um quilômetro de metrô custa 400 milhões de reais e um quilômetro de monotrilho custa 40 milhões. Em São Paulo, não se faz mais metrô, só monotrilho. Fui em São Paulo e não tinha nada. Um ano depois voltei e já estava quase pronto. Um ano para o outro eu resolvo o problema. O candidato do governo diz que é o ‘pai da mobilidade’. Eu com um pai desse prefiro ser órfão.

BNews - Quantos candidatos a deputados federais e estaduais a coligação quer fazer?

RDL – Temos 150 candidatos e pretendemos para fazer dois estaduais e dois federais, vai depender do povo querer a mudança. E acredito que vai querer porque o povo não quer mais o que está aí. E podemos virar para seis ou dez. Para se construir uma Nação, um Estado demora décadas, mas para mudar o destino do Estado são segundos do seu voto. Saber que está indo para o rumo certo. Eu duvido que o povo queira aquele campo de concentração nazista que são os corredores dos hospitais públicos. Tem que ter respeito pelas pessoas e pelos impostos que ela paga. Hoje só se paga imposto e não tem retorno. Temos que gastar esses 32 bilhões de reais com o povo e não para contemplar partidos, cargos e pessoas que não vão dar o suor do seu rosto, porque muitas vezes não entendem do que se está delegado a fazer. Valorizar e qualificar o servidor público. Isso não acontece por causa da má gestão. E fica uma denúncia aqui. Para poder contemplar a lei que diz que não se pode gastar mais de 54% com funcionários, eles maquiam o salário. Você pega o salário do policial que é menos de mil reais. Só que ele ganha três mil e quinhentos reais com as gratificações. Sabe para que isso? É uma maquiagem para não pagar INSS. Isso é um crime. O governo maquia um contracheque, engana todo mundo. Mas se uma empresa particular fizer isso vem a Receita Federal, Polícia Federal e acaba com a empresa. Vamos parar com esse mal exemplo e fazer com que as coisas funcionem dentro da lei.

BNews – Com um tempo pequeno dentro do programa eleitoral, como você está pensando em publicizar suas ações?

RDL – Aqui é um tempo. E acredito que a internet será o melhor instrumento de driblar. Nós temos no programa eleitoral um minuto e meio, mais ou menos, mas a nossa arma é que as pessoas se interessem em ver nossas propostas, acessem o nosso site, debatam com a gente online e possam contribuir com suas ideias e somar aos nossos projetos, juntos conosco nessa luta por uma Bahia mais justa e mais humana. Eu botei na frase da nossa coligação a palavra ‘justa’ porque é bíblico: ‘quando o ímpio governa o povo geme e quando o justo governa o povo se alegra’. E está na hora do povo da Bahia se alegrar porque o sofrimento está demais.

BNews – Quero saber sua opinião sobre assuntos polêmicos. O que você acha sobre o casamento homoafetivo, legalização da maconha e do aborto?

RDL – Eu não gosto dessa diferenciação do ser humano. Gay-hetero, negro-branco, pobre-rico. Para mim, como filho de Deus e temente à Ele, penso no ser humano como um todo. Sou a favor da vida. Não sou a favor do aborto, até porque todas as pessoas que são a favor do aborto já nasceram, tiveram o direito de nascer. Se as mães delas tivessem direito ao aborto talvez não estariam aí manifestando e pedindo o direito ao aborto. Não acho bom nenhum tipo de legalização de nada. Sou a favor da legalização da vida e do que for de bom para as pessoas. Se é melhor ou pior só os técnicos da área podem dizer. Quando se fala em drogas, a principal é o álcool que mata gente todo dia e é legal. Então quanto mais reprimir, diminuir - não repressão por repressão - tudo que puder tirar e deixar a pessoa quanto mais limpa é melhor para a sociedade. Casamento, cada um casa, faz o que quer e vai prestar contas conforme o que decidir. Eu acho que o governo não precisa ficar se metendo se casa ou não. Se quer casar vai lá faz um contrato, união estável. O que não concordo é querer também que um pastor ou padre case na religião. Se está na bíblia que não é para casar, vai querer mudar a bíblia? Cada um tem seu direito, mas dentro do limite para que não interfira no do outro. O seu direito acaba quando começa o do outro. Fazer uma manifestação quando homossexuais foram à igreja para se beijarem dentro dela. Se nem heterossexual se beija dentro da igreja porque respeita o culto. Tem que ter os limites. Eu sou a favor da igualdade de gênero, de raça, de tudo, cada um faz o que quer porque cada um será responsabilizado pelo o que faz.

BNews – Falando um pouco de campanha nacional. Levy Felix é o candidato à presidência, tentando mais uma vez. O slogan dele é o “original de sempre”. O que tem novo para esta campanha?

RDL – O original de sempre. Em 1986 ele já falava do monotrilho e se São Paulo estivesse o ouvido não se teria 450 quilômetros de congestionamento, mas preferiam falar de propostas polêmicas. Quem vê lá na frente é visto como proposta polêmica, mas não tem nada de polêmico. Nossas propostas são tranquilas, factíveis. Agora se gastar mais de oito bilhões de reais nesse metrô que liga nada a lugar nenhum, aí sim é polêmico. Levy tem vários projetos, é só entrar no site e acompanhar. O projeto do rodoanel em São Paulo é proposta de Levy. Pegaram a ideia e mudaram o nome e construíram. Lutamos aqui pelo imposto zero para remédios. Aqui quando fizeram a Paralela acharam um absurdo porque era grande demais. [Paulo] Maluf quando fez o terminal rodoviário do Tietê falaram que ele era louco e que deveria fazer 10 rodoviárias menores. Hoje, São Paulo precisa de 10 terminais iguais ao do Tietê. Quando falei há 10 anos para tirarem a rodoviária de Salvador e levá-la para Pirajá não aceitaram. Hoje já se fala em levar para Águas Claras. Leva para lá e transforma essa aqui em um shopping popular para assentar os camelôs e parar com essa desorganização. Mas quando trazemos essas ideias somos chamados de ideias fantasiosas. Não é fictício, é viável, mas tem que saber como se faz e colocar os melhores profissionais para executar dentro do cronograma, preço e prazo. E tudo o que estou dizendo eu tenho que fazer porque eu preciso dormir. Se eu for governador e o povo me eleger para isso, enquanto eu não resolver não vou conseguir dormir. Como eu vou botar minha cabeça no travesseiro e saber que tem pessoas morrendo aqui ou ali? Vou enlouquecer. Vou entrar para fazer. Quero sair no final do governo dizendo ‘consegui salvar a vida de 10 mil, 30 mil pessoas’. Mas se eu conseguir salvar a vida de uma pessoa já valerá a pena.






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