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Crises do governo já foram superadas, garante secretário da Comunicação

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Candidato a deputado federal, o atual secretário da Comunicação, Robinson Almeida (PT), deve deixar a pasta no próximo dia 15, caso o governador Jaques Wagner permita. De acordo com o petista, ainda não há um nome definido para sucedê-lo. Em entrevista ao Bocão News, Almeida fala sobre os principais desafios enfrentados à frente da secretaria, mesmo sendo formado em Engenharia  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 12/01/2014, às 00h00   Juliana Nobre


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Candidato a deputado federal, o atual secretário da Comunicação, Robinson Almeida (PT), deve deixar a pasta no próximo dia 15, caso o governador Jaques Wagner permita. De acordo com o petista, ainda não há um nome definido para sucedê-lo. Em entrevista ao Bocão News, Almeida fala sobre os principais desafios enfrentados à frente da secretaria, mesmo sendo formado em Engenharia Elétrica. Para o gestor, a pasta não foi criada com o objetivo de produzir conteúdo, e sim de democratizar a comunicação e interiorizar as informações. O petista é considerado o preferido do governador Jaques Wagner para disputar a vaga na Câmara Federal, porém não acredita que o peso do apoio do chefe do Executivo possa ajudá-lo diretamente. O postulante acredita ser necessária a renovação da política brasileira em consonância com os anseios da população. À frente da secretaria nos momentos de crise, como as greves da Polícia Militar e dos professores, Almeida avaliou as consequências das manifestações populares, a crise financeira do estado, a derrota na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), o assalto ao comandante da PM, Alfredo Castro, entre outros assuntos. Com cautela, o petista avaliou o primeiro ano de gestão do prefeito ACM Neto (DEM) e preferiu minimizar o desgaste com os partidos da base em relação à vaga de vice na chapa com Rui Costa e Otto Alencar. Confira a entrevista na íntegra: Fotos: Gilberto Junior // Bocão News

Candidato a deputado federal, o atual secretário da Comunicação, Robinson Almeida (PT), deve deixar a pasta no próximo dia 15, caso o governador Jaques Wagner permita. De acordo com o petista, ainda não há um nome definido para sucedê-lo.

Em entrevista ao Bocão News, Almeida conta sobre os principais desafios enfrentados à frente da secretaria, mesmo sendo formado em Engenharia Elétrica. Para o gestor, a pasta não foi criada apenas com o objetivo de produzir conteúdo, e sim de democratizar a comunicação e interiorizar as informações.

O petista é considerado o preferido do governador Jaques Wagner para disputar a vaga na Câmara Federal, porém não acredita que o peso do apoio do chefe do Executivo possa ajudá-lo diretamente. O postulante acredita ser necessária a renovação da política brasileira em consonância com os anseios da população.

À frente da secretaria nos momentos de crise, como as greves da Polícia Militar e dos professores, Almeida avaliou as consequências das manifestações populares, a crise financeira do estado, a derrota na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), o assalto ao comandante da PM, Alfredo Castro, entre outros assuntos.

Com cautela, o petista ainda avaliou o primeiro ano de gestão do prefeito ACM Neto (DEM) e preferiu minimizar o desgaste com os partidos da base em relação à vaga de vice na chapa com Rui Costa e Otto Alencar.

Confira a entrevista na íntegra:

Fotos: Gilberto Junior // Bocão News


Bocão News – O senhor é um dos preferidos do governador Jaques Wagner a uma vaga na Câmara Federal. Como o senhor avalia o peso desse apoio?

Robinson Almeida – Eu tenho uma decisão de ser candidato a deputado federal e obviamente que o governador vai apoiar todos os candidatos da base. Eu não tenho a pretensão de ser o preferido do governador. Terei o apoio por ser um dos membros desse projeto que transforma o Brasil e a Bahia com vários programas sociais e ações importantes que tem mudado a vida do povo baiano. Para mim será um novo desafio na minha vida poder representar o povo baiano alinhado a esse projeto alinhado com a presidenta Dilma e aqui pelo governador Jaques Wagner.

BNews – Quando o senhor deixará a Secretaria de Comunicação?

RA – Essa é uma pergunta que só o governador pode responder. Tem uma data marcada que é o dia 15 de janeiro como data referência para saírem.

BNews – Quem assume no seu lugar?

RA – Só o meu chefe pode decidir porque assim como ele tira é ele quem coloca e a preferência dele tem sido fazer uma continuidade administrativa porque é o ultimo ano de governo. Para todas as pastas, a não ser aquelas que tiveram descontinuidade política, tem uma lógica de assumir alguém que já está trabalhando na estrutura de governo.

BNews – Há especulações de que seja o jornalista André Curvelo. Essa informação procede?

RA – É sempre natural que quando há processos de substituições no governo que hajam nomes colocados como hipóteses e possibilidades. Quero dizer que não tem nada certo sobre nomes para essa área e é o governador que vai tomar a decisão final.

BNews – O senhor tem falado em renovação da política em 2014. Diante das manifestações populares que ocorreram no ano passado, o que seria a renovação política?

RA – Renovação política é, fundamentalmente, colocar o Congresso Nacional em sintonia com a vontade da população. O que nós vimos em junho é que, enquanto o Congresso Nacional discutia uma pauta, a população foi para às ruas dizendo que queria mobilidade urbana, mais Saúde, Educação. Então, renovar não é apenas a questão da idade é a agenda política do Brasil, que desenvolveu muito nos últimos 10 anos, que gerou mais de 10 milhões de emprego que incluiu socialmente milhões de brasileiros, mas que a população quer ainda mais serviços e melhorar a sua vida. Das pesquisas que eu tive acesso, existe o seguinte sentimento: da porta de casa para dentro, nós melhoramos muito. Tem umaTV LCD em casa, tem um forno microondas, de cinco pessoas em casa tem três trabalhando, os meninos entraram nas universidades, que antes era um monopólio só dos ricos no Brasil. Agora da porta de casa para fora, a vida tem trazido muitas dificuldades, especialmente a questão da mobilidade urbana onde você leva duas a três horas para chegar ao trabalho, e isso precisa ter uma solução para que o Brasil continue se desenvolvendo. Uma das agendas de renovação é conectar a vontade da sociedade com a pauta do Congresso Nacional.

BNews – A questão da Segurança é um tema bastante criticado e prejudica a imagem do governo. Como o governo vai reagir com essas críticas e, principalmente, nas eleições?

RA – Tem reagido como um entendimento de que a segurança é hoje um problema nacional, de todos os estados, com crises no Rio de Janeiro, em São Paulo durante meses, e agora no Maranhão. Existe no Brasil um fenômeno do tráfico e do uso de drogas, especialmente ao crack, que é o principal responsável por esta violência, que já não é mais urbana, já é disseminada em muitos municípios onde o tráfico de drogas faz uma lei que “ou paga ou morre” e as pessoas que estão nesse mundo das drogas começam a praticar atos violentos e roubos para sobreviverem. Com isso, a gente vive essa sensação de insegurança provocada pelo uso e tráfico de drogas. Nós temos o programa Pacto Pela Vida, e vamos apresentar os dados que houve redução no numero de homicídios em Salvador, Região Metropolitana e no interior do estado em relação a 2012. Fizemos investimentos na contratação de policiais e aquisição de novas viaturas, na tecnologia com o Centro de Comando e Controle e esses investimentos continuarão em 2014. Tem dois concursos para concluir. Contratar policial militar e civil, delegados. Vamos dar prioridade à área de Segurança. Vamos estruturar toda a Polícia Militar com uma nova legislação que aperfeiçoe o seu funcionamento. Acabou agora o trabalho de um grupo instituído pelo governador e mudanças também serão feitas. Então há um planejamento de governo. A caminhada é difícil, o desafio é grande, mas estamos enfrentando, associando repressão mais qualificada e também prevenção social com políticas públicas para atender a nossa sociedade.

BNews – O assalto com o comandante da Polícia Militar, Alfredo Castro, prejudicou ainda mais a imagem do governo. O senhor acha que essa questão já foi sanada?

RA – Certamente tem um problema de imagem, mas isso já passou. Foi um evento que já teve a sua repercussão, o seu desdobramento e a Polícia tem todo um planejamento agora com a Operação Verão e também para o Carnaval para que possamos ter aqui, nesse período de festas, um ambiente de segurança para aqueles que moram aqui e os que nos visitam.

BNews – A sua candidatura é considerada, principalmente pela oposição, um tanto difícil, assim como a de Rui Costa. O que o senhor pretende fazer e quais são as suas bandeiras de campanha?

RA – Eu acho que toda eleição é difícil porque quem acha eleição fácil está fora da cadeira. A oposição teve essa experiência em 2006. Achou que estava ganha e até hoje não sabe o que aconteceu quando perdeu a eleição aqui no estado. Nós como viemos de baixo sabemos as dificuldades de fazer o processo eleitoral. Eu pretendo ter uma relação com a sociedade muito focada em propostas relacionadas à defesa do projeto nacional e estadual, à democratização da área de comunicação para termos mais qualidade, às bandeiras ligadas às questões da Segurança Pública, do aperfeiçoamento do sistema nacional de segurança para proteger mais a sociedades e às questões da reforma política, como já falamos da renovação do Congresso Nacional para ele esteja mais conectado com as aspirações do nosso povo.

BNews – Falando em Rui Costa, o senhor chegou a afirmar que o seu candidato era Walter Pinheiro, na época do processo de escolha do pré-candidato do PT. Como ficou a sua relação com Rui?

RA – O PT é sempre muito democrático. Nós temos escolhas pessoais, individuais, e depois quando toma a decisão todo mundo se junta e vai fazer a campanha do candidato decidido pelo partido. Isso foi em todas as eleições majoritárias, para prefeito, governador, a unidade do partido com aqueles dirigentes, lideranças mesmo que tenham disputado com outro a preferência para a candidatura. Isso tudo já é superado, desde a escolha do PT no inicio de dezembro, e estamos todos unidos para eleger o Rui Costa o futuro governador da Bahia.

BNews - Faça um balanço da sua gestão à frente da Secretaria de Comunicação. Formado em Engenharia Elétrica, foi um desafio assumir a comunicação do estado? E diante de fatos tão polêmicos, como a greve dos policiais e dos professores.

RA – Para mim foi um desafio desde o início porque vim ser gestor da política de comunicação do governo e não o responsável por produzir conteúdo de comunicação. Formei uma equipe com especialistas de rádio, televisão e jornalismo, internet, que assume a função de produção de conteúdo e assessoria de imprensa do governador. Eu coordeno todo esse processo tendo sempre a compreensão que as nossas atribuições, enquanto servidores públicos na área de comunicação, é prestar contas das ações do governo à sociedade, que quer saber o que o governo faz e informações de utilidade pública. Durante esses sete anos essa têm sido a nossa forma de conduta, em um relacionamento com o mercado de comunicação muito transparente e aberto e também de promover esse mercado, estimular que ele cresça para gerar novos empregos na sociedade, isso tudo refletindo em uma comunicação de mais qualidade para o cidadão. Os desafios foram muitos, em momentos de crise importantes, como o que você retratou, a greve de policiais foi muito dramática, da insegurança que nós vivemos aqui no estado e conflito com os professores, e nós enfrentamos todas elas, sempre com a estratégia adequada para cada caso, com tratamento específico e fizemos disso uma forma de conduzir o governo sempre pautado por uma relação democrática com esses segmentos, mesmo nesses momentos de crise, com compromisso permanente dos fatos e com a informação precisa diante dos fatos.

BNews – O que o senhor destaca durante a sua gestão?

RA – Teve o processo de democratização da comunicação que nós produzimos aqui. A Bahia foi o primeiro estado a fazer uma conferência de comunicação e depois o Brasil puxou a conferência nacional. Depois fizemos a segunda. Isso é um fato inédito no Brasil porque a comunicação sempre foi entendida não como uma atividade econômica e sim como uma atividade técnica de produção de conteúdo, mas ela é uma atividade econômica porque por trás dela movimenta-se milhões de reais em um mercado com publicitários, jornalistas, produtores e precisa de politica para desenvolver essa área. Criamos um conselho de comunicação, um espaço que abriga representantes da socidade civil, movimentos sociais de empresários e de governo, que já tem há dois anos, uma experiência inédita no Brasil. A transformação da Agecom, que quando entrei era uma assessoria geral, para secretaria. Fizemos as duas principais bandeiras da sociedade: a transformação da Agecom para Secom e a criação do Conselho de Comunicação. Conseguimos atender essa pauta. Além disso fizemos campanhas publicitarias que foram vitoriosas e com reconhecimento nacional, como a de depoimentos com personagens reais e espontâneos. Dona Enedina ficou muito conhecida pelo TOPA, uma senhora de 100 anos que falava sobre a sua alfabetização. Essas campanhas foram premiadas nacionalmente. Cases muito importantes e um relacionamento muito diferenciado com a mídia do interior. Nós interiorizamos o relacionamento de governo com a área de comunicação. Investimentos, apoiamos a radiodifusão comercial, apoiando o surgimento da comunicação digital, os sites e novos blogs. Rodamos várias vezes o interior, fazendo reuniões com esses segmentos para ver as dificuldades. Então, fizemos muitas realizações nestes sete anos.

BNews – Essa semana o governo sofreu uma derrota na Assembleia Legislativa da Bahia, com a derrubada da PEC dos Royalties. Como o governador recebeu essa noticia da rejeição? O senhor acha que houve algum problema na condução do processo por parte da liderança do governo?

RA – Ao que fui informado, falei com o líder Zé Neto, que quando foi combinada a votação todos os registros montados pela assessoria dele é que tinha 39 deputados presentes no plenário e era preciso 38. Alguns que dizem que a margem de risco era pequena, que tinha 39 e deveria ter uma margem maior, com acima de 40. Mas ele achava que estava seguro das informações, e quando apurou deu 37 votos. Eu acho que não houve uma vitória da oposição porque não teve deputados da base que votaram contra a proposta, teve lá um erro da conta do momento da votação que não deveria ser feito sem uma segurança maior. Essa notícia todo mundo recebe com preocupação, pois a matéria importante não foi votada e fica pendente. Mas não é preciso procurar culpados pelo acontecimento e cabeça erguida para quando a Assembleia retornar os trabalhos voltar à pauta, porque ela é muito importante para o equilíbrio orçamentário do nosso estado.

BNews – Por falar nisso, o governo tem sofrido com alguns problemas financeiros durante esses últimos anos. Esse problema já foi sanado?

RA – Sofremos muito mais anteriormente, mas agora sofremos pouco. O governador fez uma mudança importante na condução da Secretaria da Fazenda. Renovou a equipe e com isso tivemos o final do ano passado com várias noticias importantes. De um lado o corte de despesas que resultou em uma economia em torno de R$ 1 bilhão, contingenciamento orçamentário, corte de pessoal, diminuição de viagens do pessoal, do custeio da máquina, e por outro lado o aumento da arrecadação. Foi feito um Refis, refinanciamento de dívidas de ICMS de devedores no estado e foram arrecadados R$ 870 milhões. Isso foi uma injeção importante de recursos na máquina e as finanças foram se equilibrando a partir daí e estamos em uma situação bem melhor, neste ano de 2013. Foi um ano apertado não só para a Bahia, mas para todo o Brasil. Frustração de receitas que eram previstas e por conta da política macroeconômica para segurar os empregos e redução de impostos, especialmente o IPI, e isso impacta na transferência do FPE (Fundo de Participação dos Estados). Os municípios também sofreram muito. E agora já temos um orçamento para 2014 mais equilibrado, sem a expectativa dessa receita que estava planejada e acabou não se concretizando.

BNews – Ainda existe algumas pendências do governo do estado no Cauc (Cadastro Único de Convênios), relacionadas à previdência. Realmente já foram acertadas e o que falta ainda?

RA – Esse é um processo permanente porque muitas vezes você paga uma despesa, tira o governo do Cauc, ele passa a ter direito a todas as certidões e algum outro processo antigo entra no Cauc. Então todos os governos vivem com essa dinâmica, de ter liberado e ter com pendencias. O principal das despesas foi pago e as ações que surgem no Cauc são eventuais e que são imediatamente sanadas porque é uma rotina da atividade da Secretaria da Fazenda.

BNews – Isso dificulta na questão de investimentos e empréstimos.

RA – Nós não deixamos de receber nenhum investimento devido a problemas no Cauc. O ultimo foi do Banco do Brasil feito no final do ano. É uma dinâmica comum das prefeituras também. Isso é muito regular.

BNews – O senhor tem acompanhado, junto com o governador, as conversas com os partidos da base para a escolha do candidato à vice?

RA – Diretamente não. Essa é uma atribuição da Secretaria de Relações Institucionais. Tenho informações de conversas e da leitura que faço através de notícias que saem sobre o assunto.

BNews – Mas em que pé estão essas conversas?

RA – A decisão do governador é que a vaga de vice seja definida no mês de março. Porque a definição do candidato a governador e senador já foi feita. Essa é 2/3 da chapa e dos candidatos que serão votados diretamente. Então ele acha importante que tenha um debate maior entre os partidos da base, que tenha um entendimento, de preferencia um consenso. E que a vaga seja resolvida nesse período para que a gente possa formar a nossa chapa para o pleito em 2014.

BNews – Essa relação com os partidos da base, principalmente para a vaga de vice, tem causado um certo desgaste. Como o governador vai fazer para agregar todos os aliados e conseguir atender todos os desejos?

RA – Sinceramente eu não vejo desgaste porque todos compreendem na base que há um processo em curso, que o PT é o partido de maior força política, com o maior número de prefeitos e deputados, teria uma preferência de ocupar o cargo de governador. O próprio governador Jaques Wagner deu uma contribuição a abdicar da vaga de senador, que é mais ou menos natural que quem é governador se quiser ir para a eleição tem a vaga do Senado garantida. O PSD, que é o segundo partido mais importante da base, também tem a vaga do Senado com a liderança importante do nosso secretário e vice-governador Otto Alencar. Então os outros partidos sabem que tem um espaço, mais ou menos, definido entre dois: PP e PDT. Ninguém mais reivindica a vice porque já tem esse entendimento. Eu acho que é da democracia, muita conversa, diálogo para a ocupação desse espaço e certamente a base estará unida para o processo eleitoral deste ano.


BNews – Como o senhor tem avaliado o primeiro ano de gestão do prefeito ACM Neto (DEM)?

RA – Como cidadão de Salvador quero sempre e torço por uma cidade melhor, um estado e um país melhor. O primeiro ano é difícil de ser avaliado porque é de transição, que um projeto novo assume em cima de um projeto anterior. É um ano de arrumação, organização, elaboração dos principais projetos e estratégias para os próximos três anos. Vejo o primeiro ano com o formato ainda de transição.

BNews – De fato qualquer prefeito que assumisse depois de João Henrique realmente faria uma boa administração? Ou é exclusividade de ACM Neto e do DEM?

RA – Nós tivemos um prefeito muito mal avaliado que saiu do cargo. Quando você pega uma situação dessa, quem entra tem a vantagem de comparação com uma situação de que o quem for feito será sempre comparado. Quando você pega uma administração muito bem avaliada, o desafio é inverso. Desse ponto de vista eu vejo uma vantagem para o atual prefeito na comparação.

BNews – A relação entre prefeitura e governos federal e estadual está tranquila também?

RA – O governador tem uma posição que não vale apenas para Salvador, mas que vale para toda a Bahia. A eleição tem palanques distintos. Na hora de governar não há distinção, o que vale é a necessidade do povo. O governador tomou uma decisão, desde a vitória do prefeito de Salvador, de buscar uma parceria administrativa e ajudar como tem ajudado. Destaco, esse ano, o governo do estado entregou a maior obra viária urbana de Salvador – a Via Expressa – uma intervenção importante para melhorar o trânsito. Trouxe para si a resolução do metrô, que era uma lenda urbana e motivo de chacota nacional. Já licitou, as obras estão andando e esse ano nós vamos ter a operação da linha 1. Está fazendo obras importantes de mobilidade na Paralela – o complexo do Imbuí e os viadutos de Narandiba, além da duplicação da Avenida Pinto de Aguiar e a ligação da Avenida Luís Eduardo Magalhães com a BR 327. Isso tudo somado com as intervenções que já existiam na cidade e estão em ponto de entrega. O porto turístico, com a Codeba, na cidade baixa; a Ceasinha no Rio Vermelho já está quase concluída; a Arena Fonte Nova, inaugurada no ano passado, equipamento importantíssimo para a Copa da Confederações; a reforma e reestruturação do Aeroporto de Salvador, com a parceria do governo federal. Então, Salvador tem grande obras dos governos estadual e federal mudando estruturalmente a cidade, especialmente no quesito mobilidade urbana.

BNews – Quem seria o melhor candidato da oposição para enfrentar Rui Costa?

RA – Não tenho como te responder. Quem está na política não pode escolher adversários. Nós temos que cuidar do nosso time. Temos uma chapa muito bem postada, muito competitiva e vamos enfrentar o processo eleitoral respeitando os adversários, mas convictos das nossas realizações e conquistas com o povo baiano e uma expectativa muito grande de vitória.

Classificação Indicativa: Livre

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