Política

7 de setembro dependente da CORRUPÇÃO

Imagem 7 de setembro dependente da CORRUPÇÃO
Bnews - Divulgação

Publicado em 07/09/2017, às 10h59   Caroline Gois


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A Independência do Brasil é celebrada em todo dia 07 de setembro. Essa comemoração acontece desde a época do Primeiro Império, que, a cada ano, rememorava a ocasião em que o país se tornou independente de Portugal no ano de 1822. O processo de independência do Brasil teve como principais atores históricos, além do príncipe regente D. Pedro (que se tornou o imperador D. Pedro I), alguns representantes da elite interessada na ruptura entre Brasil e Portugal. Entre esses representantes, encontrava-se aquele que também se tornou um dos maiores articuladores do Império, José Bonifácio de Andrada e Silva. Assim podemos resumir a história sobre a indepência do Brasil. 

Nesta quinta, esta história ganha um capítulo que poderia não ter sido escrito. Poderíamos estar comemorando até hoje esta independência através de uma verdadeira democracia, de valores ajustados e de igualdade para todos. Poderíamos apagar a trajetória que por vezes abalou o país e deixou o povo estarrecido. Neste 7 de setembro, estamos dependente de uma algoz que nos acompanha há anos ou, porque não dizer, sempre: a corrupção.

De painéis, mensalões, mensalinhos, lava jatos e delações, chegamos neste dia 7 de setembro de 2017 carregando nas costas, ou melhor, na mala, R$ 51 milhões. Um montante que mexe com nossos valores e caracteriza o resultado daquilo que somos, que temos e que construímos até hoje. O verdadeiro retrato da política brasileira. E que política é esta? Que cidadãos são estes? Que país estamos realmente construindo?

Costumo dizer que a política é um reflexo da sua sociedade, dos cidadãos que nela vivem e de seus atos. Nunca o Brasil esteve tão marginalizado de valores e da necessidade de reflexão. De pensar. De votar de verdade. De rever e rever e olhar novamente o que estamos sendo e fazendo em nosso Brasil "independente".

R$ 51 milhões dentro de malas e caixas de papelão são só um exemplo de tantos milhões e bilhões que por aí estão neste gigante Brasil que já foi palco de batalhas, de trabalho e também de trechos de uma bonita história que oficizalizou o 7 de setembro e tantas outras datas que nos deixaram mais fortes, mais esperançosos, mais confiantes. Mas, a CORRUPÇÃO - ato ou efeito de se corromper, oferecer algo para obter vantagem em negociata onde se favorece uma pessoa e se prejudica outra. Tirar vantagem em um "projeto de poder" atribuído - ganhou força e se transformou em nossa identidade.

Em que momento deixamos de ter esperança? Em que momento contribuímos com que esta palavrinha de ação esmagadora tomasse conta de nossa rotina e se transformasse em um Tesouro Perdido? Que este ano, o 7 de setembro possa valer para lembrarmos que ainda não somos independentes, que ainda estamos presos a valores mesquinhos, que não ligamos para a Saúde, para a Educação, para o respeito. Que nós - cidadãos - responsáveis em outrora por grandes batalhas abaixamos a guarda e deixamos que os inimigos - infiltrados em partidos políticos com seus triplex, apartamentos, malas, JBS's e padrinhos - impedissem o hasteamento da nossa bandeira.

Com atos escancarados e que nos levam a questionar "aonde vamos parar", "que país é este", "vergonha", "ódio", "vou embora daqui", nos resta parar, refletir e entender porque estamos colhendo estes frutos amargos que nos destroem, nos deixam "impactados", como afirmou a ex-ministra Eliana Calmon e que nos tornam meros espectadores daqueles que assaltam os cofres e a moralidade do nosso país.

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