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Por que será?

Publicado em 14/08/2017, às 11h37   José Medrado*


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Segundo levantamento feito pelo instituto Ipsos e divulgado no ultimo sábado (13), 94% dos entrevistados disseram que não se sentem representados pelos políticos em que votaram, independentemente de partido ou ideologias. Não há como negar que esse montante evidencia o rechaço generalizado à classe política que aí está. Não há como deixar de apontar que com esse volume todo de escândalos de corrupção a que todo instante estamos sendo confrontados é a razão deste fracasso.
Naturalmente associada a uma espécie de cansaço moral diante das ações da maioria dos parlamentares, que só se apoiam no povo para terem o seu emprego, porque depois, geralmente, a disposição é em buscar interesses pessoais e ou corporativistas empresariais.  Por outro lado, no entanto, não poderemos alijar uma verdade que em eleição, após eleição se estabelece como dura verdade e não deixa de ser um clichê, mas é fato: toda essa gente lá se encontra porque o povo assim quis, votou e renova o seu voto por um simples motivo – não guarda a menor ideia, porque não acompanha, do que o seu parlamentar está fazendo e ou o que pretende fazer.
O povo brasileiro é passivo. Há uma espécie de preguiça cidadã, onde as questões só passam a interessar quando bate no seu endereço. Não há visão de futuro, de consequência aos seus descendentes. Há um imediatismo geral, que inclusive se evidencia, apenas como exemplo simples: quando tudo é deixado para a última hora.
O professor Fornazieri em lúcida consideração afirma que a “desfaçatez política e a corrupção estão destruindo o conteúdo moral das instituições e da sociedade. A falta de escrúpulos, de vergonha e de decorro transformou as instituições públicas num escombro de obscenidades.”. E assim caminha o Brasil, apenas gerando discussão em almoços familiares, em mesas de bares e restaurantes, mas na prática continuará, pelo que parece, tudo igual, inclusive sem o eleitor saber em quem votou nas últimas eleições.
* José Medrado é líder espírita, fundador da Cidade da Luz, palestrante espírita e mestre em Família pela UCSal.

Classificação Indicativa: Livre

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