Política

É preciso reagir

Publicado em 24/04/2017, às 10h51   José Medrado*


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Sou um otimista por excelência e acredito na força da alegria, como instrumento de sustentação do ânimo, para o enfretamento das lutas diárias que nos surgem. Todavia, há momentos em que nos vemos sob um tsunami de proporções gigantescas, de questionamento dos valores desta sociedade, que verdadeiramente estamos vendo apodrecer. E nesse capítulo os políticos, não generalizando, têm grande destaque.
A sociedade, parece-me, falece em todas as suas estruturas: da planície vemos os deuses do Olimpo, no planalto, determinando dificuldades e avançando sobre direitos do trabalhador.  Os escândalos políticos se repetem, como nunca se viu. Há parcelas da sociedade que adotaram a lei do crime e se sentem estimuladas, aos seus pecadilhos também, pois não veem punição, acham-se em desvantagem, então vão também tirar a vantagenzinha que puder, como falsificar carteira de estudante, sonegar impostos, fazer os tais “gatos” de água, luz...
Parece que uma nova ordem social se implanta, uma espécie de conformismo, de aceitação tácita, como se uma força do “não tem jeito” varresse os nossos princípios, nossa brasilidade. É fato que diante de tais vergonhosos flagelos éticos e morais surge uma postura do se defender como pode. Grande risco, pois é exatamente aí que poderemos capitular, e passar a achar que também deveremos perpetrar ações malandras.
​É indispensável que a nossa vigilância se transforme em uma espécie de bastião de cobrança aos políticos, dos nossos direitos, para mais uma vez não sermos aviltados em nossas conquistas. ​O nosso entorno social é responsabilidade da nossa vivência cidadã. Nunca nos esqueçamos disso. A sociedade organizada não pode ficar silente. É preciso reagir como se pode. O que não dá é acharmos que não tem mais jeito, e perdermos nossas conquistas, acreditando sempre nos discursos emproados, mas vazios, de políticos que só pensam em seu poder de mando e nos seus interesses, quase nunca confessáveis. Não podemos desistir, nem deixar o momento passar, achando-nos sem força, sem ânimo.
* José Medrado é líder espírita, fundador da Cidade da Luz, palestrante espírita e mestre em Família pela UCSal.

Classificação Indicativa: Livre

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