Esporte

Quer ir pra China? Pague a multa DiMarinho!

Publicado em 06/01/2017, às 19h13   Tarso Duarte


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Pouco mais de 24 horas depois do pronunciamento feito pelo principal jogador do futebol baiano em 2016, enfim consegui reunir todos os pontos, que envolvem e são influenciados pela lamentável atitude daquele apelidado como ‘DiMarinho’ pela torcida do Vitória.

Em primeiro lugar, é preciso aplaudir a forma como a nova diretoria, comandada por Ivã de Almeida e Sinval Vieira está reagindo à situação. Diferente do que a imprensa do sul acredita, o futebol baiano não está, e neste momento incluo também o Bahia, com tamanha necessidade de receber R$ 16 milhões por um atleta que se destaca na elite do Brasileirão. A dupla BaVi recebeu R$  40 milhões (cada um) em 2016. O momento é de investir.

Entendendo a situação desta forma, a resposta da direção rubro-negra, de liberar apenas com o pagamento da multa e ainda tentar uma renovação, é o que espera a torcida do Vitória. É a defesa dos interesses do clube.

Oras, caso ele renove e arrebente no primeiro semestre, no meio de 2017 vai ter clube pagando R$ 30 milhões. É assim o futebol, o grande que estiver em má fase, e geralmente sempre tem gigante em apuros na metade da temporada.

Esse time pode até ser o próprio Flamengo, que tem sim dinheiro em caixa, mas se recusa a pagar os valores para um time do Nordeste. E olha que Marinho é a peça que falta na ‘seleção’ que o time carioca está montando.

Ainda falando em diretoria, é preciso parabenizar também aquela comandada por Raimundo Viana, que falhou em montar um time completo para disputar com dignidade no Brasileirão, mas no que diz respeito ao ataque foi certeira: qualquer torcedor contrataria Kieza, assim como em Marinho. Essas compras, aliás, foram aquelas que mais custaram ao clube.

Terminado o assunto cartolagem, vamos a DiMarinho.

Que a vontade dele seria querer sair, todos sabíamos. A esmagadora maioria da população brasileira iria em busca desta independência financeira caso recebesse proposta.

Daí a deixar o clube onde joga, sem que este seja devidamente compensado, é simplesmente errado, triste.

Quando o Vitória comprou os 50% do jogador, fez um investimento. Pagou salários e o que mais foi acertado de lá para cá. Cumpridas as obrigações, que se cumpram os direitos do Leão.

Inevitavelmente voltando um pouco ao assunto diretoria, mais um ponto positivo para o Vitória quando permite ao jogador fazer um pronunciamento no clube. Até uma criança de 12 anos sabia que o anúncio seria a saída do Baradão, mas quando a direção mantém a postura amistosa, deixa claro que não está contra o atleta, apenas defendendo seus interesses. Preservando seu patrimônio, isso mesmo, o próprio Marinho!

Esse tato, Marinho não teve quando fez o pronunciamento. Se não há proposta que convença ou force o clube a liberar, a saída não está confirmada. Automaticamente ele ainda está sob contrato com o Vitória.

A atitude de Marinho prejudica até a imagem do Vitória com os empresários do mundo futebolístico. Peças fundamentais neste momento de tanta negociação, agentes já ficam com um ‘pé atrás’ para tratar com o rubro-negro. O objetivo deles é dinheiro, logo: ‘Se meu jogador se destacar lá eles podem barrar meu lucro lá na frente’.

O Vitória não merecia isso da parte de Marinho.

Não merecia porque cumpriu todos o compromissos assumidos, está ouvindo as propostas, mas até agora tudo o que chegou na tentativa de negócio para a saída do atacante vai ser prejudicial para o planejamento da instituição. Não é justo.

Se DiMarinho quer tanto ir para a China ou para onde quer que seja, ele tem sempre a opção  de pegar uma grana emprestada para pagar a multa que está prevista em contrato, pagando depois em suaves prestações, utilizando o salário ‘irreal’ que vai receber na sua nova casa.

Classificação Indicativa: Livre

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