Esporte

Sem discussão

Publicado em 14/04/2014, às 06h13   Edson Almeida*


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Os dois primeiros tempos muito bons do Bahia nos jogos decisivos justificaram a conquista do título. Com méritos, eficiência, sem discussão. O futebol tem dessas coisas: até as semifinais, o Vitória dava a impressão de que chegaria com mais gás. Sua campanha era melhor. Não teve qualquer dificuldade para dobrar o Conquista, com uma virada de 2x1, lá no Lomanto Júnior e uma goleada de 6x0 em Pituaçu. Já O Tricolor obteve resultados apertados contra o Serrano, empatando de 1x1, em Teixeira de Freitas e só ganhando de 1x0 na Arena Fonte Nova. 
Na hora da verdade, contudo, houve uma mudança brutal: o Bahia encontrou liga e o Vitória mostrou inúmeras fragilidades. Enquanto o Tricolor foi firme na defesa, rápido no meio-campo e realizador quando foi para o ataque, o Rubro-Negro se atrapalhou em todos os setores. Falhas na defesa, transição inconseqüente e ataque sem objetividade.
O Bahia praticamente liquidou a decisão já no primeiro tempo dos 180 minutos, pois ao colocar 2x0, ficou difícil para o Vitória reconquistar a vantagem que levou para a decisão – mais ainda quando, no segundo jogo, também o Bahia fez dois gols. Aí eram necessários quatro gols para o Vitória e passou a ser uma missão impossível.
Não se pode negar a reação rubro-negra do último segundo tempo, marcando chegando ao empate com um jogador a menos, com a expulsão de Salustiano, mas no agregado o Bahia venceu por 4x2 e mereceu a conquista do seu 45º título.
Em síntese, não foi uma campanha extraordinária, de ponta a ponta, mas na reta final o Bahia teve muitos fatores positivos que o seu rival não conseguiu apresentar: além do time mais estruturado, alguns jogadores desequilibraram em campo, notadamente Anderson Talisca, que está sendo eleito melhor jogador do campeonato e Rhayner, que foi um verdadeiro motor de arranque nas investidas para o ataque.
Talisca, apesar da pouca idade, exibiu um futebol de jogador experiente, com excelentes cobranças de falta, assistências fundamentais, fazendo a bola fluir com grande espírito de liderança técnica. Rhayner é o tipo do jogador que se movimenta incansavelmente em todos os setores do campo, de vitalidade impressionante, verdadeiro suplício para a defesa adversária. Então, não há o que se discutir. Ganhou o time que chegou com mais técnica, melhor tática e mais fôlego.

Edson Almeida* é comentarista esportivo do Galáticos na Itapoan FM

Classificação Indicativa: Livre

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